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(Bloomberg) — O mercado de crédito privado, de maior risco e maior recompensa, está de olho nos ricos.
Blackstone, Carlyle, Apollo Global Management e outras grandes empresas começaram a oferecer produtos para indivíduos investirem em empréstimos para empresas de médio porte que bancos não querem tocar. A isca é um retorno anual às vezes acima de 8% comparado a índices de retorno de títulos corporativos negativos, além de um investimento inicial relativamente baixo.
A iniciativa coincide com uma democratização mais ampla dos mercados financeiros, com aplicativos como a Robinhood Markets que facilitam os investimentos em vários segmentos, das chamadas empresas de cheque em branco a criptomoedas como Dogecoin. O fenômeno das ações meme nos EUA este ano mostrou o retorno potencial para investidores de varejo de empresas em crise, como a AMC Entertainment, cuja ação acumula alta de mais de 1.500%.
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Ao contrário de ações e títulos negociados no mercado aberto, o risco no crédito privado é a relativa falta de liquidez. Em um mercado aberto, operadores conseguem vender quase instantaneamente, mesmo que a preços mais baixos. No crédito privado, os credores normalmente ficam com os empréstimos até o vencimento, o que dificulta os saques rápidos.
“Minha preocupação é que, se um cliente está procurando rendimento, há um motivo pelo qual você está obtendo um yield muito maior do que com Treasuries, e isso é um aumento do risco”, disse Paul Auslander, diretor de planejamento financeiro da ProVise Management.
Para os bancos, não é apenas porque os empréstimos são arriscados, mas também porque os requisitos de capital impostos por reguladores tornam difícil manter certos investimentos.
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Há motivos para acreditar que os novos produtos atrairão a demanda do varejo: os rendimentos de investimentos em renda fixa estão próximos de mínimas históricas, uma vez que bancos centrais reduzem os juros para apoiar a economia pós-pandemia. E firmas de private equity – cujas listas de clientes geralmente incluem fundos de pensão, dotações, seguradoras e fundos soberanos – agora se expandem com indivíduos ricos.
A Blackstone, por exemplo, lançou produtos de fundos de hedge, fundos de investimento imobiliário privado e fundos de saque de longo prazo para investidores individuais, classes de ativos historicamente limitadas a instituições.
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“Vemos oportunidade de investimento e acreditamos que a demanda de investidores existe”, disse Joan Solotar, chefe global de soluções de patrimônio privado da Blackstone. O ambiente de hoje “torna desafiador para um portfólio tradicional de renda fixa entregar o rendimento necessário”.