Poupança x CDB: quando vale a pena? Veja 29 opções com aplicação até R$ 5 mil

SÃO PAULO – A poupança rende pouco e, ainda que 6 em cada 10 brasileiros ainda tenham a caderneta, essa espécie de “tradição” brasileira está aos poucos se modificando ao passo em que cresce o conhecimento sobre dinheiro e finanças pessoais.

No entanto, o tipo de investimento – conservador e de renda fixa – que receberá os aportes que anteriormente seriam destinados à poupança ainda suscita muitas dúvidas entre os investidores iniciantes. Isso ocorre especialmente quando os ativos incluem componentes não comparáveis, como os CDBs – aplicações comumente indicadas para quem quer sair da poupança para ter mais ganhos, mas que pagam imposto de renda.

Como saber quando o CDB – que têm o desconto de imposto de renda – paga mais ao bolso do investidor do que a poupança, que é isenta? A Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) fez essa conta para você.

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Segundo os cálculos, o investidor teria que obter uma taxa de juros de cerca de 85% do CDI para atingir o mesmo ganho obtido pela poupança “nova”, ou seja, com as regras em vigor para as aplicações feitas na desde maio de 2012. Essas aplicações rendem 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais o valor da TR (Taxa Referencial). Esse cálculo vale apenas quando a taxa Selic for igual ou inferior a 8,50% ao ano. Vale lembrar que o CDI, índice ao qual o CDB está atrelado, acompanha o valor da Selic ao longo do tempo.

Quando a Selic estiver abaixo de 8,50%, a poupança rende 70% da Selic mais o valor da TR. Com o patamar atual da taxa básica de juros em 6,50%, a caderneta tem rentabilidade de 0,37% ao mês, ou 4,55% ao ano, o equivalente a 70% da Selic mais TR.

Ou seja, para render mais que 0,37% ao mês – líquido, já descontado o imposto de renda -, o CDB precisa pagar acima de 85%. Onde encontrar esses CDBs? A primeira dica é fugir de grandes bancos, porque eles pagam bem menos aos investidores na comparação com os CDBs emitidos pelos bancos pequenos e médios que ficam disponíveis nas plataformas das corretoras de valores.

Além de render bem mais que os CDBs de grandes bancos, os CDBs de instituições menores também são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) – no valor de até R$ 250 mil por CPF e instituição emissora do título.

Nas corretoras, é possível verificar também qual a avaliação de cada CDB por agências de ratings. Tal qual os países são avaliados e recebem uma nota de acordo com seu risco, muitas aplicações também vêm com esse “selo” que ajuda os investidores a escolher os títulos mais seguros.

Na verdade, especialistas em finanças e investimentos recomendam CDBs que paguem, no mínimo, 100% do CDI quando o investidor quiser liquidez diária. Já quem pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo, como um ou dois anos, pode receber até perto de 120% do CDI.

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Para se ter uma ideia da diferença de ganhos ao longo dos anos, quem investir R$ 100 mil na poupança por 5 anos terá ganhos de R$ 34.918,96, enquanto quem investir o mesmo valor em um CDB que paga 120% do CDI receberá R$ 44.077,53.

Veja a simulação completa:

Veja 29 exemplos de CDBs que pagam mais de 110% do CDI com até R$ 5 mil de aplicação mínima:

^{**Taxas pesquisadas na Plataforma XP Investimentos no dia 20 de junho}

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