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Em julho e nesse começo de agosto, se verifica uma forte volatilidade nas curvas de juros futuros (DIs) de curto prazo, refletindo um possível aumento da taxa Selic em função da depreciação do câmbio.
Segundo Mayara Rodrigues, analista de renda fixa de XP, que participou nesta terça-feira (13) do programa Morning Call da XP, o movimento da curva de juros está muito relacionado ao que se tem dito desde a última ata do Copom, assim com às últimas falas de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, de que uma “alta da Selic está na mesa“.
Incerteza no longo prazo
“A nossa curva acaba refletindo isso. Porém, um movimento tem se confirmado que é o achatamento da curva. Isso significa que ela está ficando flat (estável), reta, e isso tem a ver com vencimentos intermediários para frente. Quando a gente olha isso tecnicamente, significa que tem uma elevada incerteza para onde vai a economia (no futuro mais longo)”, afirmou.
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“Quando a gente traz isso para o mundo dos investimentos, entende-se que basicamente não faz sentido aumentar o prazo do vencimento (de um título) porque não se tem uma remuneração adicional para vencimentos mais longos”, explicou.
“Ou seja, quando a gente recomenda o pré-fixado com bastante cautela por conta da elevada incerteza, a gente foca no curtíssimo prazo, para não sofrer uma marcação a mercado muito negativa se o mercado virar”, complementou.
Visão construtivo à renda fixa
A visão da XP é de que, considerando o atual cenário de incerteza envolvendo o câmbio e a condução da política monetária, tem-se expectativa construtiva com ativos de renda fixa, sobretudo os títulos atrelados à inflação, como o caso das NTN-Bs (título público do Tesouro), cuja curva ainda precifica taxas acima de 6,0%.
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Para Mayara Rodrigues, o Banco Central tem enfatizado que buscará o controle da inflação, trazendo-a para a meta. Nesse cenário, o DI futuro no curtíssimo prazo torna-se atrativo, e as NTN-Bs, com exposição intermediária (2028, 2029), indicam bons rendimentos.