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A portabilidade dos investimentos financeiros será tão simples quanto a portabilidade das operadoras de serviços telefônicos. Essa foi a comparação usada pelo presidente da CVM, João Pedro Nascimento, em um painel da Expert XP, que acontece nesta sexta-feira (30), em São Paulo.
Segundo Nascimento, o novo serviço foi pensado para ser simplificado e totalmente desburocratizado. Em sua explicação, o presidente da CVM afirmou que o cerne da simplificação será a concentração do pedido de portabilidade na corretora para onde o investidor deseja ir, não mais na corretora original, como era feito antigamente.
“No passado, o investidor que queria transferir a custódia de uma corretora para outra tinha que solicitar na corretora de origem, o que criava entraves burocráticos e um esforço da empresa para que a mudança não ocorresse”, afirmou Nascimento.
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E continuou: “Agora, a nova dinâmica tem regras de conduta e de transparência e o principal, que é a solicitação, na casa de destino. Com isso, o procedimento deve empoderar os investidores, principalmente os de varejo”.
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O projeto faz parte do que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chama de Open Capital Markets, na esteira do que o Banco Central fez com o Open Finance.
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Nascimento afirmou que esse conjunto de iniciativas tem como objetivo democratizar o mercado de capitais com mais inclusão de investidores e emissores, oferecendo mais transparência e simplificação dos processos.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, que também estava presente no painel, afirmou que a CVM e o BC estão trabalhando juntos para integrar todo o processo de abertura de operações financeiras, juntando o Open Finance, o Pix, o Drex e o novo Open Capital Market.
“O objetivo é chegar em uma plataforma única, com os projetos conectados. Estamos caminhando para um mundo em que a intermediação financeira vai ser completamente digitalizada, tokenizada, em linha com o avanço que é visto na intermediação bancária”, disse RCN.