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SÃO PAULO – A indústria de fundos “long&short” tem números pouco expressivos no mercado brasileiro, mas se seguirmos a tendência global, esse cenário tende a mudar drasticamente nos próximos anos – ou até meses. Com o fim do ciclo de cortes da Selic e as expectativas de inflações ancoradas por aqui, podemos ver no Brasil o mesmo fenômeno visto nos Estados Unidos de juros mantendo-se em níveis historicamente baixos por muito tempo. E a virada de mesa vem justamente na necessidade dos gestores multimercados em buscarem “alfa” fora da renda fixa.
De dois anos pra cá, boa parte dos gestores multimercados se aproveitou do ciclo de queda dos juros brasileiros de 14,25% ao ano para a mínima histórica de 6,5% ao ano. Não que tivesse sido fácil “ganhar dinheiro”, mas o fato é que gestores multimercados não precisavam quebrar a cabeça com a renda variável nesse período de afrouxamento monetário.
Dois dados que evidenciam o quanto esta indústria é inexpressiva no Brasil. Nos últimos 12 meses, a captação dos fundos multimercados brasileiros foi de R$ 895 bilhões, mas apenas 1% foi destinado à estratégia long&short. Nos Estados Unidos, os long&short captaram 35% dos US$ 3,5 trilhões no mesmo período. Uma das explicações para isso: a taxa de juros norte-americana vem operando próxima de 1% ao ano há quase 10 anos. Sem “novidades” na dinâmica de juros, é quase impossível extrair valor da renda fixa, então os gestores precisam buscar retorno em estratégias na renda variável.
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Mas como exatamente funcionam os fundos Long&Short? O editor do InfoMoney, Thiago Salomão, recebe Cassio Bruno, fundador e gestor da Moat Capital, e Rodrigo Furtado, da XP Gestão, para falar do assunto.
Acompanhe no player acima.
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