Plano 333 de Trump é factível e favorecerá mercado dos EUA, diz José Rocha, da Dahlia

Governo americano quer elevar PIB em 3%, ampliar produção de petróleo em mais de 3 milhões de barris/dia e reduzir a 3% déficit fiscal

Augusto Diniz

Publicidade

José Rocha, gestor e fundador da Dahlia Capital, e Felipe Hirai, sócio e gestor da Dahlia Capital, participaram do episódio 270 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.

Para José Rocha, o governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve acelerar a economia americana. O gestor avalia que suas políticas acabam ressaltando algumas vantagens estruturais que os Estados Unidos têm.

Mais experiente

O fundador da Dahlia diz que uma das vantagens de Trump tem sido sua vitória inquestionável na eleição, inclusive no voto popular. “E pelo fato dele já ter sentido as dores do aprendizado do primeiro mandato, a combinação dessas duas coisas a gente acha que vai fazer ele ser mais eficiente no que ele está se propondo a realizar durante o segundo mandato”, avalia.

Segundo ele, há um foco muito grande na questão das tarifas e a imigração nos Estados Unidos, mas é preciso monitorar uma parte menos comentada que é o ‘Plano 333’”.

Trump e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, explica José Rocha, se referem ao “Plano 333” como o crescimento do PIB americano em 3%, produção a mais por dia de 3 milhões de barris de petróleo nos EUA e queda para 3% do PIB do déficit fiscal nos Estados Unidos.

Desregulamentação

“A parte de crescimento do PIB de 3% parece bastante factível porque basicamente já está crescendo bastante (a economia) e o Trump vem com uma série de medidas de desregulamentar a economia. E quando se desregulamenta a economia, os espíritos animais afloram e isso é um vento de cauda muito positivo”, avalia.

Continua depois da publicidade

Ele acha também bastante factível a segunda parte do plano que é a produção a mais de 3 milhões de barris de petróleo por dia.

“Isso é muito importante porque se tem mais produção de petróleo, isso ajuda o PIB a crescer mais”, afirma. “O grande aprendizado com a guerra (Rússia-Ucrânia), que fez o petróleo subir bastante, é que o preço dele mexe com a dinâmica dos ativos no mundo”, destaca.

Elon Musk

Já o terceiro aspecto do plano de redução a 3% do déficit fiscal, o gestor acha mais difícil acontecer. “Mas é a primeira vez que isso está sendo debatido desde Rolando Reagan (presidente entre 1981 a 1989) nos Estados Unidos”, comenta.

Continua depois da publicidade

Para José Rocha, o fato de colocarem o Elon Musk no departamento de eficiência do governo para cortar os gastos é positivo já que o bilionário teria demonstrado capacidade nessa direção.

“A combinação dessas três coisas cria um ambiente de negócios bastante favorável para economia americana”, crê.