PF faz nova operação contra Braiscompany, acusada de operar pirâmide de R$ 2 bilhões

Fundada na Paraíba, Braiscompany é acusada de movimentar US$ 2 bilhões em quatro anos

Lucas Gabriel Marins

Polícia Federal
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A Braiscompany, empresa de criptomoedas acusada de aplicar um golpe milionário nos investidores, foi alvo de uma nova operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (18). É a terceira em um ano – a primeira foi em fevereiro e a segunda em abril.

A operação, chamada de Select II, é um desdobramento da Operação Halving, que visa apreender evidências sobre o negócio e seus membros, suspeitos de cometer crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. O nome halving é uma alusão ao processo de mineração de Bitcoin.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo. Nas operações anteriores, os policiais federais estiveram em João Pessoa, Assunção e Campina Grande, na Paraíba, onde a empresa está localizada, além de São Paulo.

A PF acredita que a Braiscompany tenha movimentado R$ 2 bilhões de forma irregular em quatro anos. Em fevereiro, o Ministério Público da Paraíba ajuizou uma ação civil pública para investigar o negócio. Até o início de abril, os clientes alegaram prejuízo de pelo menos US$ 260 milhões.

A Braiscompany foi criada em 2018 por Antonio Inacio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos. Há um mandado de prisão aberto contra o casal. Os dois, no entanto, estão foragidos da Justiça.

Por meio do negócio, eles prometiam rendimentos de até 9% com supostas operações de trading com criptos. No ano passado, a empresa deixou de pagar os investidores e tentou terceirizar a culpa. Em mercados de renda variável com bastante oscilação de preços, como o de criptomoedas, não é comum dar esse tipo de garantia de lucro.

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Neto e Fabricia já se envolveram com golpes financeiros antes. Ambos foram integrantes da D9 Club de Empreendedores, um esquema fraudulento que usava criptoativos como fachada para lesar vítimas. Milhares de brasileiros perderam dinheiro.