PF e MPF bloqueiam R$ 136 milhões em bens da Braiscompany em nova operação

Foi a quarta vez neste ano que o esquema que usa criptomoedas como isca foi alvo de operação

Lucas Gabriel Marins

Antonio Neto, fundador da Braiscompany, tem passado ligado à pirâmide D9 (Reprodução/Instagram)
Antonio Neto, fundador da Braiscompany, tem passado ligado à pirâmide D9 (Reprodução/Instagram)

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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na manhã desta sexta-feira (21) mais uma operação contra a Braiscompany, pirâmide de criptomoedas que movimentou ilegalmente R$ 2 bilhões nos últimos anos.

Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (SP) e Aracaju (SE). Houve bloqueio de R$ 136 milhões em bens dos investigados, conforme ordem judicial expedida pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba.

Foi a quarta vez que o esquema, que deixou milhares de vítimas no Brasil, foi alvo de operação – a primeira ocorreu em fevereiro, a segunda em abril e a terceira em maio.

A ação de hoje, que recebeu o nome de Trade-Off, é um novo desdobramento da Operação Halving, criada com objetivo de combater a lavagem de dinheiro decorrente de crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.

Caso Braiscompany

A Braiscompany foi fundada em 2018, em Campina Grande (PB), pelo casal Antonio Inacio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos. O modelo do negócio é semelhante ao de outros esquemas fraudulentos, como a GAS Consultoria e a Rental Coins.

A empresa prometia rendimentos de até 9% com supostas operações de trading com criptomoedas, mas deixou de pagar os clientes no final do ano. Em abril, as vítimas alegaram perdas de pelo menos US$ 260 milhões, segundo o MP da Paraíba, que abriu uma ação civil pública contra o negócio.

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Neto e Fabricia já se envolveram antes com golpes associadas a criptoativos. Um deles foi o D9 Club de Empreendedores, um conhecido esquema que usava moedas digitais como fachada para atrair e lesar vítimas.