Petrobras (PETR4) distribui dividendos recordes: vale a pena comprar para participar da bolada?

Confira 15 perguntas e respostas sobre os dividendos, "data com", e perspectivas do mercado para a companhia

Katherine Rivas

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A Petrobras (PETR4);PETR3) anunciou, nesta quinta-feira (28), que pagará o valor total de R$ 87,8 bilhões em dividendos referentes ao segundo trimestre deste ano  – o que corresponde a R$ 6,732003 por ação preferencial e ordinária e, não à toa, rendeu apelidos como “dividendo monstro” e “tsunami de proventos”.

Para os investidores que já haviam montado posição na petrolífera há algum tempo  – seguindo os agentes de mercado que apontavam a companhia como a maior pagadora de dividendos de 2022  – o anúncio recente é uma ótima notícia.

Mas e para quem não tem ações da Petrobras em carteira e se interessa pela empresa: ainda dá tempo de garantir esse provento ou a hora certa já passou e é melhor ficar de fora da festa? E mais: a Petrobras ainda vale para uma estratégia de dividendos?

Da mesma forma, assim como muitos investidores querem entrar, de olho no dividendo, há outros que buscam sair, com receio de ver as ações despencaram após o pagamento dos proventos e com a chegada das eleições. Afinal, existe hora certa para pular do barco sem levar prejuízo?

São muitas as dúvidas que podem surgir. Por este motivo, o InfoMoney consultou alguns especialistas e analistas, focados em Petrobras para uma estratégia de dividendos, e montou um guia de respostas para as principais perguntas dos investidores. Foram consultados Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos, Sergio Biz, analista focado em dividendos e sócio do GuiaInvest, Vicente Guimarães, CEO da VG Research e Luan Alves, head de equity da VG Research.

Confira as principais respostas a seguir:

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• Qual a Data Com da Petrobras (PETR4)?
• Como funciona a política de dividendos da Petrobras?
• De onde serão deduzidos os R$ 87,8 bilhões?
• A Petro pode pagar mais dividendos ainda em 2022?
• Vale a pena comprar ações da Petrobras para ganhar esses dividendos?
• Até quando a Petrobras pode pagar dividendos tão elevados?
• Qual o preço-teto que devo comprar a PETR4 para não pagar caro?
• Como vai funcionar a data-ex da Petrobras?
• Existe chance de prejuízo?
• Não quero estratégia de longo prazo. Qual o momento certo para vender o papel?
• Erros comuns entre os investidores
• PETR3 ou PETR4?
• Devo reinvestir os dividendos que a Petrobras vai pagar?
• Como fica a sustentabilidade financeira da Petrobras após o pagamento?
• O que esperar da Petrobras no segundo semestre?

Qual é a “Data com” da Petrobras (PETR4)?

O pagamento dos R$ 6,73 por ação preferencial (PETR4) e ordinária (PETR3) ocorrerá em duas parcelas. Para ter direito a estes valores, o investidor precisará ter as ações em carteira até o final do pregão do dia 11 de agosto de 2022, que será a data de corte (ou data com).

A primeira parcela no valor de R$ 3,366 por ação PETR4 e PETR3 será paga no dia 31 de agosto de 2022 da seguinte forma: o investidor vai receber um dividendo – que é isento de tributação – no valor de R$ 2,938 por ação preferencial e ordinária. E também vai receber um juro sobre capital próprio (JCP) de R$ 0,427 por ação, lembrando que deste valor será descontado na fonte automaticamente o imposto de renda de 15%.

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Já a segunda parcela, no valor de R$ 3,366 por ação PETR4 e PETR3 será paga em 20 de setembro de 2022, sob a forma de dividendos, que são isentos de tributação.

A data ex é no dia 12 de agosto, ou seja, quem comprar ações nesta data já não terá mais direito ao dividendo anunciado de R$ 6,73. Neste mesmo dia, a cotação das ações da Petrobras deve sofrer um ajuste, descontando o valor do dividendo.

Como funciona a política de dividendos da Petrobras e qual a frequência do pagamento de dividendos?

Vicente Guimarães e Luan Alves, da VG Research, explicam que a Petrobras estabelece como remuneração mínima anual o valor de US$ 4 bilhões para exercícios em que o preço médio do petróleo Brent for superior a US$ 40 dólares o barril. Este valor poderá ser distribuído independentemente do nível de endividamento da empresa, os valores são iguais para as ações PETR4 e PETR3.

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 Já em caso de uma dívida bruta igual ou inferior a US$ 65 bilhões e de resultado positivo acumulado, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, desde que isso não comprometa a sustentabilidade da companhia.

Os especialistas apontam que atualmente a Petrobras possui uma dívida bruta de US$ 53,6 bilhões, o que levaria ao pagamento de dividendos de acordo com o segundo formato.

A política de dividendos da Petrobras estabelece que a remuneração dos acionistas deverá ser feita trimestralmente.

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Como funciona essa antecipação dos dividendos da Petrobras, de onde serão deduzidos os R$ 87,8 bilhões?

Para Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, o anúncio de pagamento de R$ 87,8 bilhões em dividendos foi fruto de a Petrobras ter distribuído todo o seu lucro do segundo trimestre de R$ 54,33 bilhões e os cerca de R$ 33 bilhões restantes vieram da venda de alguns ativos e do acordo de coparticipação dos campos de Sépia e Atapu, que somou cerca de R$ 32,3 bilhões.

O analista cita ainda que a Petrobras tinha um fluxo de caixa excedente, que permitiu a utilização de parte dos recursos. “Observando o balanço, vimos que a companhia não está esvaziando o seu caixa, tem uma situação financeira preservada pela frente e segue com boas condições de continuar gerando caixa”, cita.

Já para os especialistas da VG Research, a estratégia para antecipar os dividendos pode ter sido um pouco diferente. Eles citam que a Petrobras já distribuiu R$ 136,28 bilhões em proventos em 2022, dos quais R$ 50 bilhões foram para a União.

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Contudo a companhia gerou um fluxo de caixa livre de R$ 103,907 bilhões no primeiro semestre de 2022, o que seria compatível com o nível de dividendos pagos ao investidor.

“Neste trimestre, a companhia deveria ter distribuído cerca de R$ 35 bilhões referentes a política de dividendos, mas decidiu antecipar R$ 53 bilhões da sua reserva de lucros acumulados”, afirmam Vicente Guimarães e Luan Alves.

Observando a reserva de lucros acumulados, a companhia teria o montante de R$ 177,039 bilhões.

Em teleconferência com analistas sobre os resultados da companhia, Rodrigo Araújo Alves, o CFO da Petrobras, explicou que os dividendos são compatíveis com a sustentabilidade financeira da empresa e confortáveis em relação ao futuro da companhia.

O fluxo de caixa para o acionista (FCFE, na sigla em inglês) ficou em US$ 11,4 bilhões no segundo trimestre, favorecido por entradas extraordinárias, conforme explicou Alves na apresentação. “Queremos trazer nosso caixa para um nível ótimo entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões”, explicou o CFO.

A Petrobras ainda deve pagar dividendos em 2022 após os R$ 6,73? É possível ter outras antecipações?

Segundo Ilan Arbetman, boa parte da “gordura” da Petrobras será paga no dividendo de R$ 6,73, que teve um dividend yield (retorno em dividendos) de cerca de 20%, acima da Selic.

Mas ainda seria possível ter um pagamento referente ao 3º trimestre, de entre R$ 30 e R$ 40 bilhões, segundo Guimarães, da VG Research. A Petrobras ainda tem a opção de antecipar novamente parte da reserva de lucro, de acordo com o especialista. Contudo, isso vai depender da geração de caixa da companhia nos próximos trimestres.

Na visão de Guimarães, a Petrobras ainda terá resultados sólidos no segundo semestre do ano. “A empresa possui cerca de US$ 20 bilhões em caixa e um nível de endividamento extremamente confortável, podendo distribuir dividendos regulares”.

Vale lembrar que o resultado do 4º trimestre, só será publicado em fevereiro ou março de 2023.

Na teleconferência com analistas, Araújo Alves foi questionado sobre uma antecipação de proventos que seriam distribuídos no segundo semestre. O executivo não foi assertivo em sua resposta, mas disse que a Petrobras busca adequar a distribuição de dividendos a 60% do caixa livre.

Quem ainda não possui ações da Petrobras, vale a pena comprar até o dia 11 de agosto por conta desse dividendo? Ou não compensa?

Vicente Guimarães e Luan Alves, da VG Research, acreditam que no curto prazo a ação deve permanecer com forte alta até a distribuição do dividendo ou a data de corte, desta forma a demanda dos investidores pelas ações será crescente até 11 de agosto. Com os preços subindo, os especialistas recomendam uma compra estratégica da ação, ou seja a compra de poucas ações para se beneficiar deste cenário.

“Recomendamos muita cautela aos investidores neste momento. É importante entender os riscos políticos por trás da Petrobras e ser tolerante com a volatilidade da ação”, destacam.

Já Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, acredita que o investimento vale muito a pena, mesmo para quem não tinha ações da Petrobras, dado que a companhia segue com boas condições para gerar muito caixa e o dividendo elevado traz uma boa oportunidade de entrada.

“Com o barril próximo a US$ 100 no mercado internacional, seguimos vendo a companhia capaz de manter o nível de geração de caixa apresentada neste trimestre e entregando bons dividendos ao longo do ano”, destacou.

“Entendemos ainda que os dividendos anunciados constituem uma oportunidade para o investidor, sobretudo diante do panorama atual dos mercados. Ademais, embora sigamos vendo a companhia e suas ações pressionadas pelo fator político nos próximos meses, não podemos deixar de mencionar a relação positiva de risco e retorno nas suas ações e múltiplos, que seguem desfasados perante os pares”, reforçaram os analistas da Ativa Investimentos em relatório.

Sergio Biz, analista focado em dividendos e sócio do GuiaInvest, discorda. O analista destaca que comprar ações da Petrobras apenas por conta do dividendo de R$ 6,73 não seria uma estratégia interessante, porque o mercado já precifica rapidamente o provento a ser distribuído.

Para quem pensou em comprar, receber o dividendo e vender na data ex, Biz lembra do risco de o investidor ficar com prejuízo no curto prazo.

Até quando a Petrobras pode pagar dividendos tão elevados? Isso muda em um eventual governo Lula?

 Os especialistas da VG Research acreditam que até o fim de 2022, a política de dividendos da Petrobras não deve mudar. Mas, em um eventual governo Lula, a estratégia da companhia poderia tomar outro rumo. “Atualmente, os investimentos da Petrobras são baixos, considerando a geração da caixa da empresa, porque a petrolífera devolve para o acionista quase a totalidade do seu resultado”, avaliam.

Possíveis mudanças na estratégia da companhia, como o fim do processo de venda de ativos ou o término da política de paridade de preços internacionais, assim como o retorno de investimentos em refinarias, poderia colocar a estrutura de dívida da empresa em outro patamar. “Este tipo de estratégia corporativa inevitavelmente irá destruir valor para o acionista aumentando o risco de investimento”, citam.

Para Arbetman, o investidor precisa ficar atento se de fato com a troca de governo, mudanças na Petrobras seriam possíveis.

Em entrevista recente ao InfoMoney, Bruno Pascon, cofundador e diretor da CBIE Advisory (Centro Brasileiro de Infraestrutura), traçou possíveis cenários para a Petrobras com a eleição dos primeiros colocados nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Pascon destacou motivos para ver força da commodity neste ano e afirmou que Brasil perde oportunidades.

Leia mais:

Petróleo em alta e os cenários para Petrobras (PETR4) com Lula ou Bolsonaro: as visões do diretor do CBIE Bruno Pascon para o mercado

Qual é o preço-teto que devo comprar a ação para não pagar caro?

Após o anúncio do dividendo e a teleconferência de resultados a Petrobras, o panorama ficou um pouco mais claro para o mercado, desta forma os especialistas acreditam que seja natural uma alta nos preços das ações até a data de corte no dia 11 de agosto.

Para evitar pagar mais caro do que se deve pelas ações da Petrobras, Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, recomenda a compra das ações PETR4 até o preço máximo de R$ 38. A corretora tem recomendação de compra para o ativo, com a expectativa de que valorize (preço-alvo) até R$ 41 até o final do ano.

Já na VG Research, a postura é um pouco mais conservadora: os analistas aconselham a compra das ações PETR4 até o preço de R$ 27,4 (abaixo do preço de tela atual). Eles acreditam que no curto prazo as ações devem continuar subindo, mas há também riscos na desaceleração nos preços do petróleo Brent que pode propiciar uma queda nos ativos.

A casa de análise espera que nos próximos 12 meses, as ações PETR4 ainda entreguem um dividend yield (retorno em dividendos) superior a 5% e podendo chegar a 20% caso a política atual de dividendos seja mantida.

Como vai funcionar a data-ex da Petrobras? Os R$ 6,73 vão sair do bolso do investidor?

Primeiramente, o pagamento se dará em 2 parcelas iguais (ON e PN), explica Guimarães, da VG Research.

A data com (data de corte) será no dia 11 de agosto de 2022, ou seja, os acionistas que “dormirem” posicionados na ação nesta data terão direito a receber o provento de R$ 6,73, pago em duas parcelas.

Já a data ex será no dia 12 de agosto de 2022. Nesta data, o preço da PETR4 e PETR3 será ajustado automaticamente pelo valor do fechamento do dia anterior menos R$ 6,73.

Então, exemplificando, imagine que a ação fechou cotada a R$ 20 no dia 11 de agosto. No dia 12, esta será negociada a R$ 13,27.

Quem comprar a ação no dia 12 de agosto não terá mais direito ao dividendo de R$ 6,73. Da mesma forma, quem vender no mesmo dia, mas que esteve posicionado no dia 11 de agosto, ainda receberá o provento.

Após essa queda de R$ 6,73 no valor da ação, posso acabar levando prejuízo pela dificuldade da ação se recuperar diante de tanta incerteza?

Segundo os especialistas da VG Research, a queda de R$ 6,73 no preço da ação não seria caraterizada como prejuízo, porque o valor que sai da cotação será recebido na conta do investidor. Contudo, após os dividendos é comum muitas ações caírem e perderem atratividade para os investidores.

O ajuste de R$ 6,73 no preço das ações deve ocorrer no dia 12 de agosto assim que o mercado abrir, e dependendo do humor ou do preço do petróleo Brent no segundo semestre, o ajuste pode não ser recuperado tão facilmente no curto prazo, aponta Sergio Biz, analista do GuiaInvest.

Em todos os cenários, portanto, a cautela é necessária.

Existem também outras variáveis que podem acabar impactando os preços das ações da Petrobras e que não devem ser ignorados, lembra Biz. Segundo ele, a depender do vencedor da eleição as ações podem sofrer fortes oscilações para cima ou para baixo.

“Se Lula vencer, existe a possibilidade de o mercado não gostar e as ações da Petrobras podem cair. Se Bolsonaro ganhar, e continuar com a ideia da privatização, as ações podem ter espaço para se valorizar”, destaca o analista.

Para quem não quer carregar a ação para o longo prazo, qual é o momento certo de vender o papel para evitar prejuízo?

Identificar o momento certo para vender a ação é complexo, de acordo com os especialistas consultados, mas os investidores que compraram Petrobras e não pretendem carregar o ativo para o longo prazo devem ficar atentos nas próximas semanas. “Logo após a data com, do dia 11 de agosto, a ação deve perder “apetite” entre os investidores e voltará a ficar exposta ao noticiário político e possíveis reajustes de preços”, destacam os especialistas da VG Research.

Para Sergio Biz, do GuiaInvest, quem já estava posicionado no papel antes da divulgação do dividendo deve manter a sua posição pelo menos até a data com, para garantir o recebimento do dividendo, que é isento de Imposto de Renda. Posteriormente, o analista cita que o investidor pode pensar em vender as ações, caso seja sua intenção, mas acertar o tempo certo é complicado, levando em conta, ainda, que vendendo a partir da data ex, haverá um ajuste de preço para baixo.

Isso não significa, necessariamente, um prejuízo, já que a volatilidade das ações depende de outras variáveis. Para investidores que se desfizerem dos papéis na data ex, antes do mercado abrir, o resultado seria um “zero a zero”, já que, embora tenha ganhado dividendo, este valor deve ser descontado do preço cheio da ação.

Aqueles que buscarem uma venda com o mercado aberto ou nos próximos dias, podem se beneficiar de uma valorização (ou de uma queda ainda mais acentuada).

Quais são os erros comuns que o investidor precisa evitar em torno a data ex da Petrobras?

Segundo Guimarães, da VG Research, um erro comum que deve ser evitado pelos investidores é comprar as ações na data com para receber os dividendos e vender no dia seguinte, na data ex, com um preço menor e a ação em queda.

Isso porque o investidor recebe o dividendo, mas acaba realizando uma perda de capital (prejuízo): uma prática comum entre investidores iniciantes.

Para ganhar dividendos, é melhor investir em PETR3 ou PETR4?

A preferência dos especialistas consultados pela reportagem foi pelas ações preferenciais PETR4. Levando em conta o dividendo anunciado de R$ 6,73 e o preço de fechamento de ontem, as ações PETR3 entregariam um dividend yield de 19%, enquanto as ações PETR4 entregariam um dividend yield de cerca de 21%.

Desta forma, as ações PETR4 teriam uma maior rentabilidade.

Devo reinvestir os dividendos que a Petrobras vai pagar?

Sergio Biz, do GuiaInvest, destaca que o ideal seria reinvestir os dividendos pagos, não necessariamente na mesma ação que distribuiu os proventos e sim na que apresente melhor risco e retorno para a carteira do investidor.

Isso porque enquanto um investidor estiver em fase de acumular patrimônio para viver de renda, a preferência é pelo reinvestimento dos dividendos.

Já a VG Research acredita que é melhor pegar os dividendos pagos pela Petrobras e investir em ações de outras empresas. “Não estamos recomendando o reinvestimento em Petrobras neste momento, é importante balancear a carteira e abrir o olho para outras oportunidades”, destacam.

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Nos últimos três anos, o endividamento da companhia foi entre US$ 58 e US$ 87 bilhões, mas neste trimestre a Petrobras fechou em US$ 53,7 bilhões, o menor patamar.

Apesar disso e da capacidade de distribuir dividendos generosos, Biz do GuiaInvest, cita o risco político em ano de eleições, que é difícil de mensurar, além da evolução dos preços do petróleo que afetam diretamente os resultados futuros da empresa.

Já a VG Research, destaca que em 2022 a Petrobras gerou um fluxo de caixa livre de R$ 103,907 bilhões, superior aos quase R$ 80 bilhões gerados em 2021. Segundo a casa de análise, a Petrobras distribuiu cerca de 30% de dividend yield em 2022, já considerando os R$ 6,73, e mesmo assim se encontra com o menor índice de endividamento dos últimos anos.

Para a Ativa Investimentos, com o barril de petróleo próximo dos US$ 100 no mercado internacional, a Petrobras segue capaz de manter o nível de geração de caixa apresentado no segundo trimestre e entregar bons dividendos ao longo de 2022.

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Além das eleições, os especialistas citam como principais riscos a cotação internacional do petróleo. Caso uma recessão global seja confirmada, as chances de o preço do petróleo internacional cair são fortes, o que seria desfavorável para os acionistas da Petrobras.

Outro risco citado pelos especialistas é uma eventual troca de administração da gestão atual.

Katherine Rivas

Repórter de investimentos no InfoMoney, acompanha ETFs, BDRs, dividendos e previdência privada.