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Durante os últimos anos a Bolsa de Valores é um assunto cada vez mais presente na mídia. O crescimento na popularidade do assunto é visível até em conversas entre amigos.
A maioria dos grupos tem alguém que pode ser considerado como “referência” quando o assunto é investimentos. Normalmente é alguém que já investe no mercado de ações e comenta com os conhecidos sobre suas experiências.
Porém, a grande maioria de investidores brasileiros ainda mostra certas crenças e mitos a respeito dos investimentos em renda variável. E na maior parte das vezes essas crenças não condizem com a realidade.
Se avaliarmos logicamente, o motivo para uma pessoa investir em ações é ela se tornar sócia de uma determinada empresa. É parecido com tornar-se dono/sócio de um negócio próprio.
As diferenças principais entre essas modalidades são a falta de envolvimento do acionista na gestão e o tamanho do empreendimento. As empresas que têm capital aberto – ou seja, possuem ações negociadas no mercado – tendem a ser muito grandes.
Já para as empresas que abrem capital, a emissão de ações é uma das formas de levantar dinheiro para financiar suas atividades. Consequentemente, ela terá novos sócios/acionistas que receberão uma parte de seus lucros.
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Seguindo esta lógica, não é normal alguém montar um negócio hoje para vendê-lo mais caro amanhã. É preciso entender o funcionamento do setor e da empresa onde se vai investir, além de ter conhecimentos macroeconômicos gerais. Isso tudo leva tempo. Além disso, é necessário esperar a maturação e o crescimento do negócio.
Portanto, investir em ações corretamente deve demandar conhecimento, estudo, e prazo. É preciso querer ser sócio de um determinado negócio e participar do seu crescimento ao longo do tempo.
Corroborando esta tese, é amplamente sabido que o investidor mais famoso do mundo, Warren Buffet, considera que seu grande diferencial é analisar ao longo de décadas as empresas que possui e as que pretende comprar.
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As maiores fortunas investidas em ações no Brasil (muitas delas, praticamente inteiras formadas na Bolsa de Valores) também buscam participação nas empresas para o longo prazo. Os principais exemplos são Luiz Barsi e Lirio Parisotto.
A boa notícia é que é possível sim ficar rico com a Bolsa. A notícia ruim é que não é rápido nem fácil, e demanda muito estudo e disciplina.
Os dois bilionários (sim, Bi-lhão) mencionados acima são grandes defensores da tese de aplicações mensais em ações. Eles sugerem a compra de empresas em setores mais longevos e com alta geração de caixa, como energia elétrica ou seguradoras.
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Os mega investidores também são categóricos ao afirmar que é importante saber quando comprar cada empresa. Deve-se escolher momentos onde o valor da ação é baixo em relação à expectativa de lucro futuro (e é claro, também da perspectiva de crescimento desse lucro). Para isso, é necessário saber identificar tais momentos e isto não é tão fácil quanto parece.
A tese defendida é que no cenário ideal, a empresa seja perpétua e que o investidor viva somente dos dividendos (que são uma parte dos lucros) distribuídos. No fim, não importa o valor total da carteira, mas sim o valor distribuído por ela e a perspectiva de aumento neste valor.
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Apesar disto, a maioria dos investidores do mercado focam em comprar ações esperando uma rápida valorização. Outros procuram “dicas quentes” de empresas que devem subir rápido.
O mercado financeiro, assim como qualquer outro setor, tem muitos profissionais competentes e capacitados. Esses profissionais são focados em buscar as melhores oportunidades. É muito difícil acreditar que médicos, advogados, contadores,… (que tem seus empregos e sua rotina fora dos mercados) tenham “dicas quentes” mais significativas e consistentemente mais rentáveis que os profissionais especialistas no mercado.
Além disso não conheço nenhum investidor que ficou criou fortunas comprando a ação que o amigo indicou, ou simplesmente fazendo algo que não fosse seu foco principal. Fazendo uma analogia simples: quando você fica doente, procurara um médico especialista? Ou aceita ser tratado pelo seu amigo contador (ou de qualquer outra profissão) que gosta de ler notícias e blogs sobre medicina na internet?
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Se você toma cuidado com a sua saúde, por que aceitar tratar suas economias e seus investimentos desta forma?
Aos que se interessam por investimentos em Bolsa de Valores, sugiro procurar um especialista, buscar um objetivo de longo prazo e ser disciplinado ao efetuar aplicações periódicas. Além disso, focar no lucro das empresas e seu crescimento ao longo do tempo.
Desta forma, o crescimento das empresas será mais saudável e a Bolsa de Valores efetivamente ajudará a financiará o crescimento do país. E é claro, o principal é que você pode se tornar um dos grandes investidores de sucesso no mercado.
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**Texto de Eduardo Cubas Pereira, planejador financeiro pessoal com certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros. Eduardo é assessor de investimentos na Manchester Investimentos. O texto reflete as opiniões do autor. O Infomoney não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.