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Um casal confessou, na quinta-feira (3), nos Estados Unidos, o crime de lavagem de dinheiro roubado em uma invasão virtual da corretora de criptomoedas Bitfinex em 2016, por meio de um elaborado esquema que mais parece um filme de Hollywood.
O homem e a mulher confirmaram a autoridades que, para esconder o paradeiro dos valores interceptados, chegou a enterrar moedas de ouro e queimar documentos em uma lata de lixo no Cazaquistão.
Em uma audiência perante a juíza distrital Colleen Kollar-Kotelly, em Washington, o cidadão norte-americano nascido em Moscou Ilya Lichtenstein admitiu ter hackeado a corretora e recrutado sua esposa — uma rapper chamada Heather Morgan que usa o pseudônimo de “Razzlekhan” — para ajudá-lo a esconder cerca de 119.754 bitcoins roubados.
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Os tokens valiam US$ 71 milhões na época do hack, mas subiram para mais de US$ 4,5 bilhões quando o casal foi preso, em 22 de fevereiro, em Nova York.
A vice-procuradora-geral Lisa Monaco disse na época que os US$ 3,6 bilhões em ativos recuperados foram a maior apreensão financeira da história do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, em inglês). Desde então, o DOJ recuperou mais US$ 475 milhões, e o casal concordou, ontem, em entregar mais US$ 72 milhões.
Formado em psicologia, Lichtenstein, de 35 anos de idade, descreve-se em seu perfil no LinkedIn como um empreendedor de tecnologia.
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O promotor Christopher Brown, no entanto, afirmou que Lichtenstein também tinha um longo histórico como hacker, inclusive quando era jovem, e que roubou fundos de casas de câmbio virtuais antes de 2016.
(Com Reuters)