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SÃO PAULO – Depois de um avanço da ordem de 25% em dólares em 2020, o ouro, que foi destaque entre as commodities em 2020, tem mostrado uma reversão da tendência em 2021. Em junho, o metal precioso apresentou queda de 7,2%, com preço spot na bolsa de Nova York a US$ 1,77 mil.
A baixa é a maior registrada desde novembro de 2016, quando o ouro caiu 8,2%, cotado a US$ 1,17 mil.
Considerado reserva de valor em momentos de grande incerteza, o metal subiu no ano passado em meio à demanda por ativos seguros na pandemia e diante de baixas taxas de juros e estímulos fiscais. Agora, contudo, com a preocupação de subida de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para conter a inflação, a demanda por ouro tem diminuído.
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No dia 17 de junho, a autoridade monetária dos EUA surpreendeu parte dos mercados ao indicar em suas projeções que espera duas altas de juros até o fim de 2023 – uma antecipação em relação à projeção anterior, de que as taxas permaneceriam em torno de zero até 2024.
Com a notícia, a cotação do preço spot do metal precioso na bolsa de Nova York apresentou queda de 2,7% nos dias 17 e 18, segundo dados da Refinitiv.
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Em relatório divulgado na data, o banco suíço Julius Baer explicou que o movimento de queda era esperado, uma vez que as reuniões do Fed sempre são pontos focais para os mercados de ouro e prata, dada a correlação dos metais com o dólar e com os rendimentos dos títulos públicos americanos.
“Olhando para frente, estamos convencidos de que a economia americana está em um caminho de crescimento. Isso deve pesar na demanda por ouro e prata e levar os preços para baixo em um horizonte de médio e longo prazo”, escreveu na ocasião Carsten Menke, estrategista do Julius Baer.
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