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A cada movimento do Bitcoin (BTC), alguma casa de análise publica um novo relatório sobre o preço futuro da criptomoeda. Uma das previsões mais otimistas é da Ark Invest, gestora americana fundada e comandada pela investidora Cathie Wood. A projeção foi divulgada pela primeira vez em 2022: “Bitcoin a mais de US$ 1 milhão, até 2030”.
No início desta semana, a “guru da inovação”, como é conhecida, reforçou mais uma vez o prognóstico positivo para a criptomoeda durante o Onde Investir 2024, evento online gratuito promovido pelo InfoMoney até a sexta-feira (19).
Três principais fatores, disse a investidora, levarão uma unidade do ativo digital, avaliado em US$ 42.300 na tarde desta quarta-feira (17), segundo o agregador CoinMarketCap, à casa do milhão.
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“Em primeiro lugar, acreditamos que o Bitcoin terá uma boa fatia do mercado de US$ 12 trilhões do ouro. Em segundo, achamos que a maioria dos mercados emergentes, onde as políticas monetárias e fiscais podem ser turbulentas e arruinar o poder de compra e a riqueza, irá usar algo como o Bitcoin como uma apólice de seguro contra o confisco de riqueza”.
O terceiro ponto mencionado por Cathie é o capital institucional atraído pelos ETFs (fundos de índice) à vista da cripto dos Estados Unidos. Na semana passada, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, em inglês) aprovou 11 produtos, entre entre eles um da Ark Invest em parceria com a 21Shares.
A gestora disse que se os ativos digitais se provarem uma nova classe, as instituições sabem que isso significará baixa correlação com outras classes de ativos. “Normalmente, isso quer dizer que o retorno por unidade de risco quando se incorpora o Bitcoin em um portfólio aumentará. Investidores institucionais sabem que não podem perder esse tipo de oportunidade”, falou.
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“Se as instituições colocarem de 2% a 5% [em Bitcoin] em sua alocação de ativos, chegaremos lá facilmente.”
Os fundos de índice de Bitcoin movimentaram cerca de US$ 10 bilhões nos primeiros três dias de negociação, segundo levantamento do analista de ETFs da Bloomberg James Seyffart. O produto da Ark registrou o quinto maior volume, e a quarta maior captação.
Fraude da FTX
No evento, Cathie também comentou sobre a queda de Sam Bankman-Fried, fundador e ex-CEO da exchange cripto FTX acusado de perpetrar uma das maiores fraudes financeiras da história americana. “Por que a FTX foi à falência? Bem, era um sistema completamente fechado. Tão opaco que não dava para ver o interior daquela instituição. Era centralizado e era fraudulento”, disse.
O Bitcoin, por outro lado, é totalmente transparente, falou. “Pode-se ver todos os endereços de carteiras e transações na plataforma. Portanto, é completamente transparente e descentralizado. É como uma grande vizinhança solidária, com vizinhos cuidando uns dos outros. Todos os desenvolvedores que vivem desse ecossistema querem protegê-lo”.
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