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No Brasil, os juros seguem elevados e devem aumentar em novembro, acredita a maior parte do mercado. Em relação ao Ibovespa, alguns gestores projetam valorização até o final do ano, embora muitos ainda demonstrem cautela com o desempenho da bolsa. O dólar continua em patamar elevado, enquanto há expectativas por mais cortes de juros pelo Federal Reserve nos Estados Unidos.
Diante desse cenário, qual é a melhor forma de investir R$ 100 mil para aumentar o capital com segurança? O InfoMoney pediu para três especialistas montarem carteiras personalizadas para os três perfis de risco: conservador, moderado e arrojado. Entre as sugestões, há títulos de renda fixa, fundos, ações e até criptomoedas. Confira a seguir!
Carteira conservadora
Ativo | Composição da carteira |
Tesouro Selic* | 40% |
CDB 100% do CDI* (liquidez diária) | 30% |
LCI/LCA de 95% do CDI* | 20% |
Fundo DI* | 10% |
* Tesouro Selic, CDB e fundos DI: IR regressivo de 22,5% a 15% sobre o lucro; LCI/LCA: isento de IR.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, disse que escolheu o Tesouro Selic por causa da “alta liquidez, da segurança e da proteção do capital com rentabilidade alinhada à Selic”. No caso dos CDBs, ele disse que optou pela aplicação de renda fixa por conta da segurança, liquidez diária e cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
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As LCIs/LCAs, argumenta o especialista, oferecem rendimentos isentos de IR, “o que melhora o retorno líquido em comparação aos CDBs”. Por fim, os fundos DI ─ que têm pelo menos 95% dos investimentos em títulos atrelados aos CDI ou Selic ─ oferecem “diversificação e liquidez imediata, o que é interessante para captar eventual variação de juros”, disse.
Carteira moderada
Ativo | Composição da carteira |
Fundos de investimentos pulverizados expostos à Selic* | 20% |
Fundos de debêntures incentivadas** | 24% |
Fundo com exposição à curva de juros nos EUA e Brasil* | 15% |
Debêntures* | 11% |
Ações*** | 30% |
*IR regressivo de 22,5% a 15% sobre o lucro
**Isentos de IR
***Imposto de 15% para ganhos de operações comuns; isenção de IR sobre vendas até R$ 20 mil no mesmo mês
Na hora de escolher os fundos de investimento pulverizados, segundo Angelo Belitardo, gestor da Hike Capital, é preciso buscar produtos com “alta liquidez”, com alvo entre 100% e 120% do CDI. No caso dos fundos de debêntures incentivadas e debêntures, é ideal que sejam escolhidos aqueles com exposição a “devedores de baixo risco de crédito”, sugeriu.
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A escolha por produtos financeiros com exposição à curva de juros nos EUA e Brasil, disse o especialista, se deve à iminência de queda nos juros na economia americana. Por fim, falou, as melhores opções de ações são aquelas de “companhias com elevada geração de caixa, cujo potencial de crescimento e ganho de escala em curto prazo reflete um yield de dividendos e de geração de caixa superior ao rendimento que os ativos da renda fixa podem oferecer (entre CDI e CDI+3%)”.
Carteira arrojada
Ativos | Composição da carteira |
Ações de empresas de crescimento* | 30% |
Fundos multimercado** | 25% |
Small caps* | 20% |
Criptoativos | 15% |
Fundos Imobiliários*** | 10% |
*Imposto de 15% para ganhos de operações comuns; isenção de IR sobre vendas até R$ 20 mil no mesmo mês.
**IR regressivo de 22,5% a 15% sobre o lucro.
***Isento de IR sobre dividendos.
Peterson Rizzo, especialista em investimentos na Multiplike, sugere que perfis com apetite de risco apostem 30% da carteira em ações de crescimento ─ aquelas emitidas por companhias que apresentaram um rápido progresso em suas receitas e lucros. Já os fundos multimercados sugeridos são os “arrojados”, que costumam aplicar em diferentes mercados.
Sobre criptos, Rizzo disse que as duas opções com mais apelo são o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), os dois maiores ativos digitais na atualidade. Nesta semana, o BTC superou a marca dos R$ 400 mil pela primeira vez na história. No caso das small caps, elas voltaram aos holofotes por causa da expectativa de queda de juros nos EUA.
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Em relação aos fundos imobiliários, eles vêm chamando cada vez mais atenção de investidores com dinheiro no bolso. Pesquisa da Brain Inteligência Estratégica e do Clube FII mostra que o número de investidores com patrimônio entre R$ 10 mil e R$ 100 mil aplicados em FIIs cresceu 10% em um ano e representa hoje 32% do mercado.