Acompanhe ao vivo a cobertura do evento Onde Investir 2025:
Termina o quarto e último painel do Onde Investir 2025 desta terça-feira
“Pressão é máxima e credibilidade vai precisar ser construído ao longo do tempo”, diz Srour sobre política monetária
Diretora acredita que primeiras reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) sob a presidência de Gabriel Galípolo neste ano serão importantes para sinalizar ao mercado. Para ela, a mera concretização das projeções de aumento de 100 pontos-base na taxa de juros não bastam e o novo presidente deverá se preocupar com comunicação.
“Galípolo ganhou pontos com o mercado desde a divisão [de votos sobre cortes na taxa de juros que dividiram indicados de Lula e outros diretores], que foi péssima, um momento de estresse máximo. A culpa não é dele, todo o Copom naquela divisão deveria ter colocado da discussão o impacto que causaria nas expectativas de inflação”, disse.
Para Genta, governo não está buscando ajuste fiscal nos próximos dois anos
Estrategista-chefe não acredita que o cenário seja de dominância fiscal porque cenário pode mudar com as eleições de 2026, mas “nunca estivemos tão perto dessa discussão como agora”. Sua avaliação é de que no período dos próximos dois anos, não vê espaço na atual gestão para cortes.
Política monetária ainda não é suficientemente contracionista
Para Srour, mesmo aumentos de juros não têm dado conta de conter inflação e segurar expectativas. Sua avaliação é a de que uma política fiscal que estimula a demanda e a falta de confiança, ao mesmo tempo em que o País lida com os efeitos de uma política monetária “muito estimulativa” — ou não suficientemente contracionista.
“O mercado ainda não precificou tudo que vem pela frente com Trump”, diz diretora de macroeconomia do UBS Global Wealth Management, Solange Srour
“O que tinha para ser cortado de juros já foi cortado” nos EUA, diz Fernando Genta
Economista-chefe da XP Asset avalia que o país, eventualmente, vai discutir se a decisão de cortes foi correta, como outras nações já tem avaliado. Com Trump, tarifas devem subir e impostos cair e, se não houver prêmio de risco, inflação pode cair.
Começa painel “O que esperar do ajuste fiscal em 2025”, com Solange Srour, do UBS, e Fernando Genta, da XP Asset
Termina o terceiro painel do Onde Investir 2025
“Há ativos baratos na Bolsa brasileira, mas que podem permanecer assim por muito tempo”
Azevedo complementa: “o investidor médio vai ter alocação com muito juro e pouca Bolsa, é difícil ter empresas performando bem num ambiente de juros altos”
Azevedo diz que “os mercados estão preparados para estratégia de choque” com governo Trump
“Trump propôs mudanças na agenda MAGA (Make America Great Again) que têm a ver com impostos e desregulamentações. Os mercados se moveram muito de novembro para cá, esperando mais crescimento dos EUA frente ao resto do mundo. Acho difícil que Trump não siga na direção do que diz, o que deve favorecer a economia americana independente de qualquer coisa. Não é um bom ambiente para emergentes”.
Para Azevedo, o dólar deve se consolidar em R$ 6
A moeda norte-americana deve seguir forte globalmente, avalia o gestor da Ibiuna Investimentos. “O Brasil está com dificuldade para rever a desconfiança em sua política fiscal, porém o câmbio não deve abaixar dos R$ 6, mas se consolidar, o que trará uma pressão inflacionária grande”.
“O arcabouço fiscal deixou de ser uma boa estratégia à luz do cenário que mudou”, diz ex-diretor do BC
Azevedo: combate ao impacto secundário da inflação exige resposta mais forte do BC
Ex-diretor do Banco Central diz que “o resultado do que aconteceu no ano passado não é só a inflação alta em 2024, mas também em 2025. Já o impacto do aumento dos juros é de seis meses à frente. O BC já estava olhando para 2025 com o último aumento, por isso a resposta mais incisiva”.
Mudanças drásticas nas expectativas de juros
Azevedo explica os motivos para a forte abertura dos juros futuros: “a primeira coisa foi a surpresa com a força da atividade econômica. Havia, também, um receio que se materializou da propagação das pressões inflacionárias. Outra coisa muito importante é o aumento do câmbio com a chegada de Trump e decepções internas, que geraram o aumento de incertezas e uma depreciação muito maior do Real”
Começa painel “Por que o mercado espera o pior para a economia brasileira em 2025”, com Rodrigo Azevedo, da Ibiúna
Ações, ouro, FIIs: especialistas destacam importância da diversificação em 2025
Não é segredo que a renda fixa é a classe queridinha dos investidores para as alocações neste início de ano. Mas outros instrumentos, como ações brasileiras e dos Estados Unidos, criptomoedas, commodities e fundos imobiliários também reservam oportunidades aos que fazem alocações estratégicas. Esse foi um dos temas abordados por Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, e Ana Paula Milanez, sócia e assessora de investimentos da Guelt Investimentos, no painel no segundo dia do Onde Investir 2025, evento promovido pelo InfoMoney ao longo desta semana.
Termina o segundo painel do Onde Investir 2025
“Nada muda no pix, não existe taxação do pix”, afirma Durigan, da Fazenda
Durigan, da Fazenda, diz que houve uma atualização por parte da Receita para comunicação de operações a partir de R$ 5 mil reais realizadas no pix. “O que faz parte, sim, é o processo de fiscalização da Receita, que é muito importante para o país. As pessoas estarão mais protegidas com os mecanismos de cruzamentos de informações”, diz. “Façam seus pix, recebam seus pix, a Receita Federal não quer prejudicar ninguém”.
“Lula tem liderado e conduzido situações de maneira a atender a Fazenda”, diz Durigan
“O presidente Lula se elegeu falando de credibilidade, de previsibilidade”, afirma Durigan, da Fazenda, citando uma série de medidas fiscais que foram encaminhadas por iniciativa do presidente.
“Do Congresso, a equipe econômica não pode reclamar”, diz Durigan, da Fazenda
O secretário afirma que a equipe econômica conseguiu aprovações importantes e que há satisfação com o engajamento do Congresso nas ocasiões. “Nós temos nas lideranças, tanto da Câmara quanto no Senado, um grau de compromisso com o país”, diz, se afirmando otimista. Todo o entendimento com o Congresso é muito produtivo, de acordo com Durigan.
Expectativa é chegar em 2026 sem mudança orçamentária, diz Durigan, da Fazenda
“A gente se traumatizou um pouco por 2022 porque muita coisa aconteceu que foge de uma ortodoxia do que se espera de uma gestão orçamentária”, diz Durigan, da Fazenda. O considerado desrespeito institucional e desrespeito ao orçamento deve ser coibido, em sua visão. A expectativa da pasta é que, em 2026, haja um ciclo novo, com contas equilibradas e debate público saudável.
Visão da equipe econômica sobre relação entre gastos públicos e inflação
Durigan afirma que não houve surpresas nem variação de gastos públicos para que se justifique a crítica de gastos elevados se relacionando à inflação. “Quando a gente compara o volume de gasto federal com o PIB, vamos acabar abaixo de 19% do PIB. Gastamos mais mas em um ritmo que foi muito compatível com o crescimento do país”, diz. O secretário diz que o governo seguirá contendo despesas.
“Por que não buscamos o objetivo, enquanto país, de ter o grau de investimento?”, afirma Durigan, da Fazenda.
“Nós mudamos o país com o grau de investimento”, diz.
“O mercado somos nós”, diz Durigan, da Fazenda
Durigan, da Fazenda, afirma que o governo ainda tem dois anos de entregas grandes no fiscal. “Temos uma linha que é muito sólida na Fazenda, de fazer que o país avance, mas sem abrir mão de responsabilidade fiscal”, diz. O secretário rechaça a existência de oposição entre programas bem desenhados, que garantam inclusão social, sem que se descuide da responsabilidade fiscal. “Estamos fazendo um trabalho de cataquese em Brasília, dizendo ‘não tratem o mercado como uma figura conspiratória’. O mercado somos nós aqui”.
“Precisamos ir modulando as expectativas, deixar o Banco Central fazer o trabalho dele com autonomia”, diz Durigan, da Fazenda
Três pilares para atingir equilíbrio fiscal
Durigan afirma que a balança comercial foi muito favorável e se tratou de um ano muito positivo em termos gerais. “Fizemos um ajuste fiscal sem comprometer partes basilares. Não vamos abrir mão da responsabilidade fiscal, nem de equilibrar contas. Não é simples manter essa consolidação daqui para frente mas, o que for preciso para atingir o equilíbrio fiscal, vamos seguir”, diz.
O secretário diz que, para atingir o equilíbrio fiscal, é importante controlar despesa, arrumar receita e ter credibilidade para ter ajuste de expectativas.
“O Brasil precisa viver um novo normal, que é um normal com equilíbrio fiscal”, diz Durigan, da Fazenda
O secretário afirma que é importante que os riscos sejam monitorados e que se siga com o compromisso de equilíbrio de contas. Duringan diz que a proposta de revisão de gastos é mais legítima corrigindo distorções “dos andares de cima”, em relação aos super-salários dos andares superiores do funcionalismo público. “Eu insisto, eu acho que é um tema que vale voltar à carga. Precisamos moralizar o gasto público a começar pelo andar de cima, inclusive os militares”.
“Alguns núcleos eram muito importantes para fins de economia”, afirma Durigan, da Fazenda sobre o pacote fiscal
“Tudo que apresentamos enquanto proposta e compromissos conseguimos cumprir”, afirma Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda. O secretário diz alguns pontos no orçamento foram corrigidos em 2023, com expectativas de crescimento de receita em 2024, que de fato aconteceu. Durigan citou algumas dificuldades para estudar medidas para obter os cortes necessários no pacote fiscal, como o reajuste do salário mínimo em patamar menor que o esperado.
Começa painel “Economia X Lula: os desafios da Fazenda para 2025”, com Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda
Termina o primeiro painel do Onde Investir 2025
Ouro, criptomoedas e commodities fazem sentido em 2025
Ferreira e Milanez explicam que ativos alternativos ajudam na proteção contra a inflação. Além disso, são descorrelacionados com outras classes, como ações e renda fixa, o que é vantajoso para a diversificação dos portfólios.
Como investir com dólar a R$ 6?
Para Ferreira, da XP, o investimento em dólar tem que ser uma alocação estratégica, independente do preço do câmbio. “Investidores tinham o mesmo receio sobre o preço quando o dólar passou de R$ 4, de R$ 5. Tem que pensar de forma estratégica, independentemente do cenário”, diz em painel. A recomendação é tentar estimar quanto dos custos e despesas cotidianas são dolarizadas. Custos do dia a dia como combustíveis, alimentos, eletrônicos. “O percentual de alocação deveria ser o mesmo dos custos para se proteger da alta do câmbio. Supomos que seja 20%, então deveria ter 20% dos investimentos em ativos dolarizados”, diz o especialista.
“Investir na Bolsa americana nunca é chegar no fim da festa”, diz Milanez, da Guelt
Para a especialista, a diversificação geográfica “maximiza a rentabilidade das carteiras” e “sempre vale a pena” alocar em ativos fora do Brasil
Ferreira, da XP: “Quem espera o cenário macroeconômico melhorar para investir (na Bolsa) não consegue aproveitar as oportunidades que as incertezas trazem”
Faz sentido manter investimentos na Bolsa?
Para Ferreira, da XP, sim. Ele diz no painel do Onde Investir 2025, do InfoMoney, que o Brasil tem “desafios macroeconômicos”, mas vê preços e fundamentos das empresas “favoráveis”. A recomendação do especialista é a exposição a ações consideradas defensivas, posicionadas em setores “que vão conseguir navegar bem o cenário econômico incerto”, como bancos, elétricas e empresas de saneamento.
Prefixados “são mais arriscados, já que não temos tanta referência de até onde vai a Selic”, diz Milanez, da Guelt
Milanez, da Guelt, diz que o Tesouro IPCA+ “é sempre interessante, principalmente para o longo prazo”.
Tesouro Selic são boas opções para o momento
Os especialistas dizem que os pós-fixados, representados pelo Tesouro Selic na renda fixa pública, são boas opções para o momento e devem dominar as carteiras ao longo do ano
Renda Fixa continua sendo carro-chefe, mesmo para os mais arrojados
A renda fixa continua sendo carro-chefe dos investimentos, mesmo para o perfil mais arrojado. Nossa recomendação é de mais de 50% das carteiras na renda fixa para os arrojados. Para o perfil moderado e conservador é ainda maior, diz Fernando Ferreira, da XP
Começa painel “Onde investir seu dinheiro em 2025”, com Ana Paula Milanez, da Guelt, e de Fernando Ferreira, da XP
Solange Srour, do UBS, e Fernando Genta, da XP Asset, vão debater as políticas no 3º mandato de Lula
O mercado tem se perguntado se o “Lula 3” tem similaridades com a época do “Dilma 1”. Para comentar sobre esse tema, o evento online Onde Investir 2025 convidou Solange Srour, diretora de macroeconomia para o Brasil no UBS Global Wealth Management, e Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset. Eles vão falar sobre as expectativas do mercado a respeito da terceira gestão de Lula e sobre o que esperar do ajuste fiscal em 2025.
Ex-BC, Rodrigo Azevedo, da Ibiúna, é convidado de painel sobre expectativas do mercado
Por que o mercado espera o pior para a economia brasileira em 2025? Essa pergunta será respondida nesta terça-feira no terceiro painel do evento Onde Investir 2025. O convidado é Rodrigo Azevedo, o sócio e fundador da Ibiúna Investimentos, que conhece por dentro como funciona o Comitê de Política Monetária (Copom), por ter sido diretor de Política Monetária do BC entre 2004 e 2007.
Painel sobre desafios do governo para 2025 terá Dario Durigan, do Ministério da Fazenda
O segundo painel do evento online Onde Investir 2025 nesta terça-feira terá como convidado o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Braço direito do ministro Fernando Haddad, ele assumiu a posição que era do economista Gabriel Galípolo, indicado por Lula para o comando do Banco Central. Conhecido por seus conhecimentos na formulação de políticas públicas, Durigan vai falar sobre as contas públicas.
Política econômica está no centro dos debates dessa terça-feira
O evento online Onde Investir 2025, que vai de hoje até quinta-feira (16), discutirá neste primeiro dia o cenário macroeconômico e políticas do governo federal para economia, incluindo os gastos públicos. No primeiro painel do dia, será traçado um panorama da macroeconomia brasileira. Os convidados são o estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira, e a sócia e assessora de investimentos da Guelt Investimentos, Ana Paula Milanez.