Ofertas de um ativo de renda fixa disparam e fazem mercado de capitais bater recorde

Ofertas atingiram o maior valor já registrado para os primeiros quatro meses do ano, de R$ 191,5 bilhões

Monique Lima

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As ofertas no mercado de capitais do Brasil mais que dobraram nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com o mesmo intervalo no ano passado. A alta foi de 126,2%, com o volume de emissões chegando a R$ 191,5 bilhões, valor recorde para o período, em 801 operações.

As emissões foram principalmente de renda fixa, com esses papéis representando 87,5% das novas ofertas entre janeiro e abril, somando R$ 167,6 bilhões – alta de 139,8%, para o maior patamar no período verificado na série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).  

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“Os dados evidenciam um crescimento consistente neste início de ano e também indicam um horizonte de expansão sustentável”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do fórum de estruturação de mercado de capitais da Anbima.   

Debêntures foram o destaque neste começo de ano, responsáveis por R$ 110 bilhões das emissões do período, uma alta de 153,6% em comparação com o mesmo período de 2023. As ofertas com benefício fiscal atingiram o maior nível da série histórica, segundo a Anbima, de R$ 32,5 bilhões.

“As mudanças recentes em outros ativos isentos [de imposto de renda] podem ter atraído mais investidores para as debêntures incentivadas”, diz Maranhão.  

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Os certificados de recebíveis aparecem na sequência, em termos de volume de ofertas. Os títulos do mercado imobiliário cresceram 193,6%, enquanto os do mercado de agronegócio avançaram 122%, ambos em comparação com os primeiros quatro meses de 2023.  

O total de emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) foi de R$ 21,8 bilhões e o total de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) foi de R$ 13,5 bilhões.  

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Fundos

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) também mais que dobraram o volume de emissões (124,8%) ante janeiro e abril do ano anterior, chegando a R$ 16,6 bilhões.

Entre os produtos híbridos, os fundos imobiliários (FIIs) tiveram um salto de 324,8%, atingindo R$ 18,3 bilhões no período. Já os Fiagros totalizaram R$ 766 milhões nesses quatro meses, sendo o único ativo que registrou redução, de 80,3%. 

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