Novas formas de consumo e trabalho não ameaçam FIIs – “online veio para somar”

Rodrigo Abbud, da VBI, Pedro Carraz, da XP Asset, e Luis Stachini, da Navi Capital falaram sobre o tema na Expert XP

Wellington Carvalho

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A expansão do e-commerce e a possibilidade de crescimento do home office podem ser tendências preocupantes para quem investe em imóveis como escritórios e shoppings, como os fundos imobiliários. Mas não há o que teme, afirmam gestores de FIIs, que enxergam na digitalização um aliado para as carteiras.

O assunto foi discutido em painel da Expert XP 2024, maior evento de investimentos do mundo. O debate reuniu nomes como Rodrigo Abbud, da VBI Real Estate, Pedro Carraz, da XP Asset, e Luis Stachini, da Navi Capital.

Para eles, a consolidação do mercado de fundos imobiliários comprova que não há uma ameaça para os FIIs com a possibilidade de uma flexibilização no modelo de trabalho e mesmo com novas formas de consumo.

“O online veio para somar e não substituir”, diz Carraz, que cita o exemplo dos shoppings. Ele lembra que cada vez mais as pessoas pesquisam na internet e compram na loja física, aproveitando até as características que os shoppings brasileiros cada vez mais oferecem.

“As pessoas vão para o shopping com a família e passam o dia inteiro lá”, reforça. “Há todos os tipos de serviço nos complexos comerciais e isso sustenta a tese de investimento no segmento”, pondera o gestor, que fala ainda de uma demanda reprimida pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 nos últimos anos.

No caso das lajes corporativas – os escritórios – a situação é um pouco diferente, mas também não chega a ameaçar quem investe neste tipo de imóvel, afirma Abbud.

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“No começo da pandemia, houve um susto e a possibilidade de o home office se tornar o modelo predominante de trabalho”, relembra. “Mas ano a ano as empresas estão voltando para o escritório e a gente observa uma tendência de recuperação no segmento”, garante.

O setor logístico, outro segmento tradicional no mercado de fundos imobiliários, não enfrentou tanta desconfiança como lajes e shopping e, consequentemente, se consolidou já durante a pandemia, lembram os gestores.

Com a expansão do e-commerce no período, a necessidade de novos galpões para o estoque de produtos cresceu – beneficiando a procura pelos espaços.

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“Houve a modernização dos galpões logísticos e o crescimento da demanda por estes imóveis”, confirma Abbud.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.