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SÃO PAULO – Uma das vantagens de aplicar dinheiro através dos fundos de investimento é o fato de que você pode contar com a experiência de um gestor. Ao invés de ter que decidir sozinho como melhor investir o seu dinheiro (levando em consideração os seus objetivos e a tendência da economia e do mercado), nos fundos de investimento essas decisões são tomadas por um profissional experiente: o gestor.
Mas esse serviço tem um preço, que é definido pela taxa de administração. De forma simplificada, pode-se dizer que a taxa de administração recompensa o gestor pelo seu trabalho em administrar os recursos que você aplicou no fundo.
Embora não seja o principal elemento a ser analisado na hora de escolher um fundo de investimento, a taxa de administração é um componente importante da rentabilidade dos fundos, como veremos a seguir.
Como ela é cobrada?
Expressa em uma base anual, a taxa de administração é descontada, diariamente, de forma proporcional do valor da cota do fundo. Portanto, o valor da cota publicado pelo gestor já inclui a taxa de administração, sendo que, após um mês, é descontado o equivalente a 1/12 da taxa anual de administração.
Lembre-se que a taxa é cobrada sobre o saldo que está investido. Se o fundo tiver valorização, portanto, haverá um acréscimo na taxa proporcional, e vice-versa. Lembrando que a taxa de administração é cobrada mesmo quando o fundo registra prejuízo.
Taxas variam bastante
As taxas de administração cobradas nos fundos de investimento variam bastante, dependendo de diversos fatores, principalmente o tipo de fundo e o valor mínimo de aplicação.
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Um dos motivos apontados pelos gestores de recursos como determinantes da dimensão da taxa de administração é a complexidade dos produtos administrados. Por exemplo: um fundo de ações tende a exigir mais recursos (análises, informações, número de profissionais) do que um fundo DI. Daí o porquê da taxa de administração destes fundos ser, em geral, mais elevada que a dos fundos DI.
Mesmo entre os fundos que investem em ações, existem grandes diferenças nas taxas de administração, refletindo as possibilidades de aplicação. Por exemplo, um fundo que investe exclusivamente em ações da Vale do Rio Doce ou da Petrobras pode mostrar taxa duas vezes menor do que um fundo que aplica em uma carteira diversificada de ações.
Por outro lado, fundos que permitem a aplicação de valores relativamente baixos tendem a cobrar taxas maiores. Assim, um fundo DI para quem investe R$ 200, por exemplo, tende a apresentar taxas superiores a um fundo da mesma categoria, mas voltado para quem pode aplicar R$ 200 mil.
A razão para isso é simples: o trabalho que o gestor de um fundo DI tem para gerir R$ 200 em aplicação é exatamente o mesmo que teria se o total aplicado fosse maior. Esse ganho de escala é traduzido em uma taxa menor para o investidor.