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Com retornos que podem chegar a 13% ao aplicar em papéis de países desenvolvidos, a visão da renomada gestora americana Oaktree, que possui US$ 190 bilhões sob gestão, é que não é necessário tomar risco agora em bonds (títulos de dívida emitidos pelo governo ou empresas privadas) de países emergentes, entre eles o Brasil.
A visão foi compartilhada pelo gerente de portfólio da Oaktree Capital, David Rosenberg, em entrevista exclusiva ao InfoMoney, durante a Expert XP 2024, na última sexta-feira (30). O profissional disse que a casa detém alguns investimentos no Brasil, mas afirmou que está com uma posição bem baixa em ativos emergentes. A gestora contou que a preferência está agora em bonds americanos e em empréstimos europeus.
“Se eu conseguir 13% de retorno nos mercados desenvolvidos, isso é suficiente pra mim. Não preciso ser um herói e buscar rendimento se há uma série de questões no cenário que podem adicionar volatilidade”, afirmou o especialista.
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Rosenberg explicou que ativos de alta qualidade de países emergentes têm sido negociados em linha com o que está sendo oferecido nos Estados Unidos e na Europa. “Você não está recebendo um prêmio significativo hoje [ao alocar em títulos de emergentes]”, resumiu.
O especialista, porém, não nega que uma possível alta da Selic poderia tornar a diferença de rendimentos entre os títulos oferecidos no Brasil e nos Estados Unidos maior daqui para frente, o que eventualmente poderia abrir oportunidades para a gestora alocar no mercado brasileiro.
Eleições americanas, conflitos geopolíticos e o debate em torno da taxa terminal de juros nos Estados Unidos foram citados pelo profissional como potenciais catalisadores de volatilidade no mercado de crédito nos próximos meses, o que exigirá atenção de investidores.