Publicidade
A troca repentina no comando da Petrobras (PETR3;PETR4), com a saída de Jean Paul Prates e indicação de Magda Chambriard, trouxe incertezas sobre a ingerência do Governo em torno da estatal daqui para frente.
Para gestoras ouvidas pelo InfoMoney, a mudança na presidência provoca um grande barulho neste momento, mas que tende a ser dissipado ao longo do tempo. Por enquanto, a posição nos papéis será mantida.
Na visão das casas, a petroleira tem oferecido um bom carrego em termos de dividendos e ainda não é possível dizer se a troca vai trazer consequências negativas para a gestão.
“Talvez não seja tão ruim quanto parece. Quando Jean Paul Prates entrou ninguém gostou. No fim, ele conseguiu fazer um trabalho ok. Achamos que Magda vai ampliar o diálogo com o Governo, mas que não vai mudar a direção estratégica da empresa”, afirmou uma fonte de uma gestora com posição no papel e que preferiu não se identificar.
Descubra o passo a passo para viver de dividendos e ter uma renda mensal previsível, começando já nas próximas semanas.
A Finacap também disse que, por enquanto, irá manter a pequena posição que detém na petroleira, em torno de 3%. Luiz Fernando Araújo, sócio e gestor na casa, defende que a mudança pode não trazer “consequência nenhuma para a gestão” da empresa. O executivo cita, por exemplo, que foram feitas inúmeras mudanças ao longo do Governo de Jair Bolsonaro (PL) na petroleira e que foi mantida a linha de gestão. Apesar disso, o profissional não nega que a notícia seja uma “pimenta” para a empresa.
Continua depois da publicidade
“A troca não trouxe surpresas. A novidade foi o timing. O ponto critico já havia passado, que foi naquele evento de dividendos. O CEO foi mais pressionado naquele momento em específico. Achávamos que ele podia não sobreviver, mas essa interferência política era um evento muito provável”, resumiu.
As informações sobre a troca não foram bem recebidas pelo mercado. Por volta das 15h (horário de Brasília) desta quarta-feira (15), as ações ordinárias da companhia apresentavam queda de 7,02%, aos R$ 39,92, enquanto os papéis preferenciais registravam recuo um pouco de menor, de 5,97%, cotado a R$ 38,43.