Morgan Stanley vê chance de compra de ações com eleições nos EUA

A expectativa do banco é que a eleição seja decidida até o feriado de Ação de Graças em 26 de novembro

Bloomberg

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(Bloomberg) — A queda das bolsas nos Estados Unidos por causa de temores em relação às eleições seria uma oportunidade perfeita de compra, de acordo com o Morgan Stanley.

Mike Wilson, estrategista-chefe de renda variável do banco nos EUA, disse que há uma boa chance de os mercados caírem antes da eleição e que os investidores se tornaram complacentes recentemente com os riscos de uma longa batalha legal entre o presidente Donald Trump e o aspirante democrata Joe Biden.

“Se o S&P 500 caísse para 3.100 pontos e ainda não soubéssemos o que aconteceria com as eleições, estaríamos aumentando o risco naquele ponto”, mesmo sem saber o resultado, disse Wilson em entrevista por telefone.

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Isso porque independentemente de quem ganhe as eleições, é quase certo que haverá mais estímulos econômicos, o que elevaria os preços dos ativos, disse Wilson, que previu corretamente a queda do mercado de setembro.

A expectativa do Morgan Stanley é que a eleição seja decidida até o feriado de Ação de Graças em 26 de novembro, o que deixa espaço para três semanas de incerteza para abalar os mercados. Os temores sobre outra alta dos casos de Covid-19, o prazo incerto de uma vacina e as negociações de estímulo paralisadas também pesam na confiança dos investidores, disse Wilson.

“Os mercados podem ficar mais defensivos”, antes que o vencedor da eleição seja declarado, afirmou. “Quando o resultado for conhecido, os preços das ações já podem estar mais baixos.”

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As preocupações se Biden aumentará impostos corporativos são exageradas, disse Wilson, acrescentando que qualquer aumento provavelmente não entraria em vigor até 2022 e que o governo priorizaria o estímulo fiscal. É improvável que os democratas aprovem uma legislação tributária antes de junho e muito depende do estado da economia, afirmou.

Aumentar a alíquota do imposto corporativo para cerca de 28% reduziria os lucros do S&P 500 apenas em cerca de 6%, de acordo com o Morgan Stanley. Em comparação, o Goldman Sachs calcula que o impacto nos lucros seria de aproximadamente 9%.

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