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O amadurecimento do mercado e as incertezas econômicas globais e regionais levam a necessidade de sofisticação dos investimentos. Por isso, a classe de ativos digitais tem ganhado espaço nas carteiras: até o fim de 2023, eram 420 milhões de usuários globais, 26 milhões só no Brasil, números que não param de crescer. Para atrair investidores, os agentes flexibilizam valores e prazos, a fim de democratizar o mercado das criptomoedas.
Um dos exemplos é o CME Group, um dos agentes responsáveis por desenvolver o mercado regulado de criptoativos, recentemente teve seu lançamento de maior sucesso: o Bitcoin Friday Futures, o primeiro contrato de Bitcoin com liquidação semanal lançado no mundo.
A CME negociou um volume de mais de US$ 40 milhões no dia de estreia dos seus Bitcoin Friday Futures (BFF), um contrato futuro de bitcoin (BTC) cujo valor representa um quinquagésimo do preço da criptomoeda e que possui vencimento semanal, o que o torna acessível a um público mais amplo.
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“Foi nosso lançamento mais bem-sucedido de cripto desde que introduzimos os futuros de Bitcoin em 2017”, destaca Giovanni Vicioso, diretor global de Produtos de Criptomoedas do CME Group.
O CME Group, conhecida no Brasil como a Bolsa de Chicago, é líder global no mercado de negociação de derivativos de criptomoedas. Vicioso afirma que o dado “é um atestado do que fizemos para construir esse mercado. Somos uma instituição antiga, que ajuda os clientes a gerenciarem risco, então somos um termômetro do interesse institucional”.
Com o novo produto, a CME quis trazer mais uma oportunidade para o investidor incluir em sua carteira exposição a criptomoedas, além de executar estratégias de proteção contra a variação de preços. Para o executivo, as características do BFF aproximam os investidores do mercado de cripto.
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O CME Group introduziu contratos menores para as instituições terem uma forma de exposição mais granular, com menos risco, e poder testar estratégias. “A liquidação a prazos menores aproxima o derivativo do bitcoin à vista (spot), tornando-se uma ferramenta para que investidores institucionais possam comprar algo regulado que seja o mais perto possível de uma moeda digital sem precisar recorrer a um fundo negociado em bolsa (ETF). Além disso, o BFF poderia servir também para fazer hedge (proteção) aos próprios investimentos em ETFs”, diz.
Vicioso diz ainda que o preço reduzido do ativo também colabora para atrair o investidor de varejo, que tem dificuldade para comprar um bitcoin inteiro com a cotação de uma unidade da criptomoeda na base dos US$60 mil. Os contratos são listados toda quinta-feira e liquidados na sexta da semana seguinte.
Como maior marketplace de derivativos do mundo, a ideia central da CME é permitir que os clientes negociem nos mercados de futuros, opções e OTC, otimizem portfólios e analisem dados, capacitando investidores pelo mundo todo a gerenciar riscos e encontrar oportunidades de forma eficiente. “Os mercados do CME Group oferecem as mais amplas variedades de produtos de referência global em todas as principais classes de ativos com base em taxas de juros, índices de ações, crypto, câmbio, energia, produtos agrícolas e metais”, afirma Vicioso.
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A CME foi pioneira em lançar contratos de criptoativos que, aos poucos, entraram nas carteiras de investidores institucionais. A alta fragmentação do mercado foi o que motivou o lançamento de uma taxa de referência única para o preço do bitcoin em relação ao dólar, em 2016, hoje a mais usada no mercado. Nos anos seguintes, a empresa seguiu motivada pelo interesse de investidores para lançar novos produtos, como os seus primeiros contratos futuros de bitcoin, em 2017.
“A volatilidade do bitcoin naquela época era perto de 200%, e desde então ela caiu, perto de 40%, 30%. Os participantes do mercado estão mais maduros, atraímos fundos focados em criptomoedas, usando o produto para gerenciar os riscos ligados a esses fundos” diz Vicioso. “Nós construímos esse mercado, demos legitimidade. Somos regulados e atraímos quem busca produtos regulados e quem busca por uma confiança”, finaliza o executivo.