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Mercado de títulos do Tesouro dos EUA atinge US$ 25 tri em julho, maior patamar da história

Elevada dívida dos EUA com investidores é impulsionada por buraco no orçamento aliado à escalada dos juros

Bloomberg

Edifício do Departamento do Tesouro dos EUA, em Washington (Bloomberg)
Edifício do Departamento do Tesouro dos EUA, em Washington (Bloomberg)

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O governo dos EUA deve a investidores mais de US$ 25 trilhões, em meio ao aumento de rolagem de dívida para preencher uma lacuna orçamentária que se aprofunda a cada dia.

O valor total combinado de títulos, notas e títulos do Tesouro em circulação aumentou cerca de 1% em julho, para um recorde de US$ 25,137 trilhões, segundo dados divulgados na sexta-feira (4). O montante também está em vias de crescer ainda mais.

A dívida total passível de negociação dos EUA estava abaixo de US$ 20 trilhões em junho de 2020, e menos de US $ 15 trilhões em junho de 2018.

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A busca de financiamento do governo americano acelerou de forma acentuada em 2018 para custear cortes de impostos, e voltou a aumentar em 2020 no contexto de enfrentamento da pandemia. Agora está se expandindo em parte porque as taxas de juros mais altas inflaram o custo da dívida que já existia. Além disso, as perspectivas para o déficit orçamentário federal pioraram.

Leilões de novas notas de 10 anos e títulos de 30 anos previstos para a próxima semana serão maiores do que os anteriores pela primeira vez em mais de dois anos.

As preocupações sobre se os investidores terão apetite na nova safra de leilões — que também inclui aumentos planejados para outras notas e títulos vendidos pelo governo dos EUA, bem como para títulos de curto prazo — pesaram no mercado de Treasuries esta semana, pressionando os rendimentos das emissões de mais longo prazo para os níveis mais altos do ano.

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A maior parte do aumento em julho foi na forma de letras do Tesouro, que costumam ser expandidas primeiro quando as necessidades de crédito do governo aumentam.