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A Bolsa de Valores brasileira encerrou 2023 com forte otimismo dado o desempenho positivo de índices como o Ibovespa e o Ifix – dos FIIs mais negociados na B3. Mas os indicadores tomaram direções opostas no primeiro trimestre de 2024. O que explica?
O tema foi discutido na edição desta semana do Liga de FIIs, apresentado por Maria Fernanda Violatti, head de análise de fundos listados da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney. Jennie Li, estrategista de ações da XP também participou do debate.
Impulsionado pela queda dos juros no Brasil e pela expectativa de redução das taxas nos Estados Unidos, o Ibovespa subiu 22% em 2023. O Ifix também avançou no ano passado, com alta de 15%. Do início do ano para cá, porém, os indicadores se desencontraram.
De janeiro a março, o Ifix acumula valorização de 2,9% contra queda de 4,5% do Ibovespa – que apresentou ainda uma volatilidade quatro vezes maior do que a do índice de fundos imobiliários, como mostra a tabela abaixo.
Índice | Código | Retorno em 2024 (%) | Volatilidade em 2024 (%) |
Índice dos fundos imobiliários | Ifix | 2,92 | 3,01 |
Índice de dividendos | Idiv | -3,81 | 10,58 |
Ibovespa | Ibov | -4,53 | 12,16 |
Imobiliário | Imob | -6,28 | 21,06 |
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Na visão de Jennie, o Ibovespa sofreu com a deterioração do cenário macro global e a saída do investidor estrangeiro da Bolsa brasileira.
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“2023 terminou com muito otimismo, mas a demora no início da redução dos juros nos Estados Unidos foi um banho de água fria no investidor global, que diminuiu o apetite por risco e passou a buscar ativos mais seguros”
Como as pessoas físicas representam 75% do mercado de FIIs, os fundos imobiliários escaparam desta mudança de humor e mantiveram a tendência de alta observada no final de 2023.
“Diante do perfil do investidor de fundos imobiliários, a redução do fluxo de investimento estrangeiro na bolsa não influenciou tanto o Ifix como ocorreu com o Ibovespa”, concorda Maria Fernanda. “Desta forma, os fatores domésticos acabam tendo um impacto mais relevante para os FIIs do que os aspectos globais”, complementa.
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Neste sentido, explica Maria Fernanda, o ciclo de cortes da Selic é um dos pontos que sustentam a tendência de alta dos fundos imobiliários – que apresentam uma correlação inversa em relação à taxa de juros.
Confira a análise completa de Jennie Li e Maria Fernanda Violatti – inclusive a expectativa para o resto do ano – na edição desta semana do Liga de FIIs. O programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.
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