Liderança com ETF de Bitcoin deve ser vista com modéstia, diz executivo da BlackRock

Joseph Chalom, diretor geral e chefe de parcerias estratégicas da gigante dos investimentos, participou da Consensus nesta quinta

Lucas Gabriel Marins

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O ETF (fundo de índice) de Bitcoin (BTC) da BlackRock se tornou o maior fundo de criptomoeda do mundo nesta semana, atingindo US$ 19,68 bilhões sob gestão. O marco, no entanto, deve ser visto com modéstia, defende Joseph Chalom, diretor geral e chefe de parcerias estratégicas da gigante dos investimentos.

“Eu acho que é um momento de humildade, não de exuberância. Apenas pensem sobre o sucesso de todos os produtos. Por vários anos, tínhamos clientes de varejo, gestores e grandes instituições que queriam acesso a Bitcoin e a essa classe. É uma vitória para o setor de ETFs”, disse em um painel na Consensus 2024 nesta quinta-feira (30).

Chalom falou que o interesse de clientes em aprender sobre as criptomoedas superou a expectativa da BlackRock. “Nós fizemos milhares de sessões de aprendizagem, compartilhamento de informações, e eu acho que estamos apenas no início”, falou.

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O iShares Bitcoin Trust (IBIT), ETF da gestora, ultrapassou o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que nasceu líder do segmento, e agora tem US$ 19,65 bilhões sob gestão. O veículo da Blackrock ocupa o posto de segundo maior detentor de Bitcoin do mundo, atrás apenas do criador anônimo da criptomoeda.

Até pouco tempo atrás, vale lembrar, o CEO da BlackRock, Larry Fink, disse em reunião promovida pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) que o Bitcoin servia apenas para mostrar “quanta demanda por lavagem de dinheiro existe no mundo”.

Surpresa com ETF de Ethereum

Os participantes do painel também falaram sobre a aprovação do ETF à vista do Ethereum (ETH), na semana passada. Antes do sinal verde do regulador dos EUA para o produto, o mercado não apostava na liberação. Para eles, o movimento foi uma surpresa. “Foi um desenvolvimento inesperado”, disse Cynthia Lo Bessette, chefe de gestão de ativos digitais da Fidelity Investments.

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Katherine Dowling, gestora executiva e conselheira geral da Bitwise, disse que a aprovação ocorreu por causa do cenário político no país. “De repente, isso se tornou uma questão de campanha”, falou, mencionando a aproximação do candidato à presidência Donald Trump com o mercado cripto. Cathie Wood, gestora da Ark Invest, também ventilou essa possibilidade ontem, em outro painel do evento.