Kapitalo: A visão de Carlos Woelz sobre o futuro das commodities, a pressão da inflação e as lições da Covid-19

Carlos Woelz, sócio fundador da Kapitalo Investimentos, foi o convidado do 21º episódio do podcast Outliers

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A grande injeção de liquidez por parte dos bancos centrais ao redor do mundo na crise e  a retomada econômica pós-coronavírus contribuem para um ambiente benéfico para os mercados emergentes e abre grandes oportunidades em empresas de commodities. É o que defende Carlos Woelz, sócio fundador da Kapitalo Investimentos.

Durante o 21º episódio do podcast Outliers, apresentado por Samuel Ponsoni, analista de fundos da XP, Woelz afirmou que tem optado por investir nessas companhias na Bolsa, dado que estão com uma capacidade de geração de caixa e de conta corrente “absolutamente excepcionais”.

Ele reforçou que quando há taxas de juros mais estimulativas, como no cenário atual, os países desenvolvidos e grandes potências, como a China, tendem a consumir mais commodities, beneficiando as companhias produtoras. As mesmas ficaram, inclusive, para trás no último ano, quando as “big techs” americanas ganharam os holofotes do mercado.

“O investidor não depende de um megaciclo de commodities; só o fato de não estarmos no ciclo contrário favorece apostas no que ele acha estar barato”, afirmou, na conversa.

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Fundada em 2009, a Kapitalo possui um portfólio formado por fundos multimercados e de ações, e administra atualmente cerca de R$ 20 bilhões.

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Segundo o gestor, que começou sua carreira no mercado financeiro na década de 1990 no Banco BBM, ao lado de renomados gestores como Rogério Xavier, fundador da SPX, o grande risco que os investidores devem monitorar hoje é o inflacionário, com os mercados receosos com uma possível alta acelerada dos juros diante da aceleração dos preços.

Woelz defendeu, contudo, ter uma visão construtiva, afirmando que é possível haver pressão inflacionária com a retomada dos serviços, mas que não deve ser algo permanente.

Lições da crise

Durante o episódio, o sócio da Kapitalo destacou ainda alguns dos seus aprendizados ao longo do emblemático ano de 2020, afirmando que, quando um assunto novo movimenta o mercado, como a pandemia de coronavírus, vale a pena a gestora contratar um grupo de especialistas o mais rápido possível para estudar e entender o assunto.

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“Um dos erros que cometemos foi achar que a Covid-19 tinha um padrão parecido com a SARS e, se tivéssemos trazido esse painel mais rapidamente, teríamos chegado a uma conclusão diferente”, lembrou.

Em 2020, o fundo Kappa rendeu 1,64%, enquanto a cota do fundo Zeta teve leve alta de 0,37%. No período, o CDI teve variação de 2,76%.

Ainda que tenha aprendido algumas lições no último ano, Woelz disse não se arrepender das decisões de investimento tomadas no período.

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“Decisão equilibrada é aquela em que você tem antes quatro ciclos de questionamentos. É impossível acertar 100% do tempo, resta saber que está fazendo o seu melhor”, afirmou.

Confira a conversa completa com Carlos Woelz, sócio fundador da Kapitalo, e os episódios anteriores do Outliers pelo Spotify, Deezer, Spreaker, Apple e demais agregadores de podcast.

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