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“O chato é lindo”, defendeu o gerente de portfólio da Oaktree Capital, David Rosenberg, ao falar sobre como o momento é positivo para títulos de dívida americanos, sejam do Tesouro ou de empresas, em painel durante a Expert XP.
No evento que acontece nesta sexta-feira (30) em São Paulo, Rosenberg falou sobre como a economia dos Estados Unidos dá sinais de um “pouso leve”, que indicam ao Federal Reserve (banco central dos EUA) que é momento de cortar juros.
Para ele, isso é bom para o mercado de ações, mas não quer dizer que se trata de uma virada que irá, automaticamente, mudar o cenário para ser ruim investir em dívida.
“É um ótimo momento para se ter bonds, que estão pagando bem, com baixo risco. Mas nunca se deve ter 100% em uma classe de ativos, é sempre válido ter um equilíbrio dos dois”, afirmou Rosenberg.
Andrew Reider, CIO da WHG, afirmou no painel que o S&P 500 está dividido em dois blocos: o de ações de tecnologia que estão sendo impulsionadas pela tese de inteligência artificial, e o setores da economia que dependem mais do cenário macro.
Segundo Reider, este segundo setor apresenta preços mais “baratos”, embora ele não veja os valuations do S&P como um problema que impeça aportes neste momento. Entretanto, o CIO da WHG vê alguns riscos para as ações americanas, como o otimismo muito forte do mercado com IA e a possibilidade de uma volta da inflação em 2025 após as eleições nos EUA.
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Para Rosenberg, todos esses tópicos são debates relevantes sobre os investimentos nos EUA e apontam para um “bom momento para estar posicionado em bonds”.
O estrategista global da XP, Paulo Gitz, afirma que “o portfólio balanceado é o vencedor”, e a diversificação é a melhor saída para ter uma carteira protegida e posicionada para absorver os ganhos de ambas as classes.