Itaúsa (ITSA4) é a maior pagadora de dividendos de julho; veja ranking completo

Empresa registrou o maior dividend yield do mês, com quase 10%; distribuição das companhias acelera e caminha para recorde no ano

Equipe InfoMoney

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As empresas brasileiras pagaram 39% mais proventos entre janeiro e julho de 2024 do que no ano passado, alcançando a cifra de R$ 172 bilhões distribuídos após mais um mês forte de repasses em julho. Nesse ritmo, avalia a Meu Dividendo, plataforma de antecipação de dividendos, 2024 pode ter volume recorde na distribuição de proventos, e os balanços do segundo trimestre podem ajudar a cravar essa expectativa.

Segundo levantamento da Meu Dividendo, realizado a pedido do InfoMoney, as 10 empresas que mais distribuíram proventos no mês de julho pagaram, conjuntamente, R$ 126,8 bilhões a acionistas.

A melhor pagadora do mês foi a Itaúsa (ITSA3; ITSA4), que repassou R$ 243 milhões e alcançou no ano um dividend yield (retorno apenas com dividendos) de 9,98%. Na sequência aparece a Engie Brasil Energia S.A. (EGIE3), que distribuiu um valor nominal mais elevado, na casa do R$ 1,13 bilhão, alcançando um dividend yield até aqui de 9,27%.

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Quem recebeu o maior montante absoluto de dividendos foram os acionistas da Telefônica Brasil S.A. (VIVT3), que obtiveram R$ 1,5 bilhão em proventos no último mês. No entanto, em termos de retorno, a companhia do ramo de telefonia alcançou apenas a sexta colocação, com 5,63% de dividend yield.

O cálculo de dividend yield para o propósito deste levantamento considera o valor total distribuído no ano, incluindo dividendos e JCP (sem desconto do Imposto de Renda), e a cotação do ativo em 31 de julho. Não considera proventos anunciados, mas ainda não repassados.

Confira, a seguir, as 10 maiores pagadoras de proventos do mês de julho, por dividend yield:

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EmpresaValor total distribuído (R$)Dividend yield*
Itausa (ITSA3; ITSA4)R$ 243 milhões9,98%
Engie Brasil (EGIE3)R$ 1,13 bilhão9,27%
Direcional Engenharia (DIRR3)R$ 277,6 milhões7,29%
Usiminas (USIM5)R$ 336,5 milhões6,90%
Cury (CURY3)R$ 266,8 milhões5,79%
Telefônica Brasil (VIVT3)R$ 1,5 bilhão5,63%
Aliansce Sonae (ALOS3)R$ 303,8 milhões5,19%
Tim S.A. (TIMS3)R$ 737,4 milhões4,98%
B3 (B3SA3)R$ 477,4 milhões3,68%
Rede Dor São Luiz (RDOR3)R$ 356,5 milhões1,71%
Fonte: Meu Dividendo
*Data de corte: 31 de julho de 2024

Ranking do ano por valor distribuído

A Petrobras (PETR4) lidera o ranking de maiores pagadoras do ano por volume distribuído, com R$ 55,6 bilhões pagos até julho. E ainda tem chances de engordar esse número. “Historicamente a empresa anuncia proventos em agosto. Com a nova gestão e a expectativa pelos resultados, os investidores estão ansiosos para saberem como se dará a remuneração aos acionistas neste segundo semestre”, diz a Meu Dividendo, em relatório.

O Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4) ocupa a segunda posição, com R$ 22,3 bilhões distribuídos, seguido da Vale (VALE3), que repassou R$ 12,43 bilhões a investidores. Outras que compõem o ranking por volume no ano incluem Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).

Veja as 10 maiores pagadoras de dividendos, por valor distribuído, entre janeiro e julho de 2024:

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EmpresaValor total distribuído
Petrobras (PETR3; PETR4)R$ 55,6 bilhões
Itau Unibanco (ITUB3; ITUB4)R$ 22,3 bilhões
Vale (VALE3)R$ 12,4 bilhões
Banco Bradesco (BBDC3; BBDC4)R$ 7,4 bilhões
Banco do Brasil (BBAS3)R$ 7,4 bilhões
Itausa (ITSA3; ITSA4)R$ 6,9 bilhões
Telefônica Brasil (VIVT3)R$ 4,6 bilhões
Banco Santander Brasil (SANB3; SANB4)R$ 4,5 bilhões
Cemig (CMIG3; CMIG4)R$ 2,9 bilhões
BB Seguridade (BBSE3)R$ 2,5 bilhões
Fonte: Meu Dividendo

Menos empresas pagam

Um dos riscos para essa projeção de recorde não acontecer é o número de empresas que distribuíram proventos no primeiro semestre diminuir a segunda metade do ano.

Nos primeiros sete meses de 2024, 194 companhias realizaram pagamentos de proventos, um total que é 32% menor do que no ano anterior, quando 286 empresas pagaram seus acionistas, conforme a Meu Dividendo. Isso significa que 92 companhias deixaram de pagar dividendos ou JCP neste ano, e algumas delas fazem uma grande diferença, caso da JBS (JBSS3).  

Outro risco levantado pela plataforma é o macroeconômico. Segundo o relatório, muitas companhias estão optando por segurar o caixa até que o futuro esteja menos imprevisível.