Itaú BBA vê oportunidade no segmento de escritórios e recomenda compra de cinco fundos imobiliários

No radar do banco estão CSHG Prime, Kinea Renda,VBI Prime, RBR Properties e Tellus

Wellington Carvalho

(SvetaZi/Getty Images)
(SvetaZi/Getty Images)

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SÃO PAULO – Em um relatório divulgado nesta terça-feira (23), os analistas do Itaú BBA afirmam enxergar oportunidades de ganho de capital com fundos imobiliários do segmento de lajes corporativas. No documento, eles recomendam a compra de cinco ativos do setor.

De acordo com o relatório, o mercado de escritórios segue bastante pressionado e descontado em função dos efeitos da pandemia de Covid-19 nos escritórios.

“Em nossa opinião, fundos de lajes corporativas, no momento, são oportunidades de ganho de capital, seja pelo desconto em relação ao valor patrimonial, ou pela comparação em relação ao custo de reposição”, detalha o relatório.

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Embora o apetite do mercado para os FIIs listados continue fraco, o Itaú pondera que novas locações e transações estão acontecendo no mercado de escritórios, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, regiões mais relevantes para o segmento.

São Paulo, por exemplo, após dois trimestres consecutivos de resultados negativos, apresentou absorção líquida positiva, ou seja, a quantidade de área ocupada foi maior do que a quantidade de área devolvida. Dados da Cushman & Wakefield, consultoria de serviços imobiliários, apontam que foram absorvidos no terceiro trimestre 4,3 mil metros quadrados em São Paulo.

Diante do contexto, o Itaú BBA recomenda cinco fundos de lajes corporativas: CSHG Prime Offices (HGPO11), Kinea Renda Imobiliária (KNRI11), VBI Prime Properties (PVBI11), RBR Properties (RBRP11) e Tellus Properties (TEPP11).

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Para escolha dos ativos, o Itaú levou em consideração o contexto de mercado, a qualidade de portfólio e o histórico e experiência do time de gestão.

“Seguimos preferindo fundos com portfólios de qualidade e bem localizados, características muito bem-vindas em tempos turbulentos como o que estamos vivendo atualmente”, explica o relatório da instituição financeira.

O banco prevê um movimento mais intenso de retorno ao trabalho presencial nos escritórios no início de 2022, o que beneficiaria o segmento. Porém, uma retomada significativa das cotações dos FIIs vai depender mais do contexto macroeconômico. “De forma geral, o curto prazo nos reserva algumas altas da taxa Selic e o mercado de lajes corporativas ainda deve sofrer”, detalha.

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O Itaú avalia ainda que a janela de captação e emissão de cotas para fundos de lajes corporativas está muito complicada e isso deve diminuir a capacidade de expansão de portfólios. A instituição financeira alerta ainda que alguns FIIs possuem patamares de alavancagem relevantes e, com o encarecimento das dívidas, o fator deve ser levado em consideração.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.