Investir em FIIs ou IPCA+ 6%? André Bacci que se aposentou com os fundos responde

O experiente investidor participou do Liga de FIIs e falou sobre o impacto da escalada dos juros futuros nos fundos imobiliários

Wellington Carvalho

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Os juros futuros aceleraram o ritmo na última sessão de abril e turbinaram ainda mais os rendimentos dos títulos públicos. Diante do retorno oferecido pelos papéis, ainda vale a pena assumir risco e investir em fundos imobiliários?

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O tema foi o destaque da edição desta terça-feira (30) do Liga de FIIs, apresentado por Maria Fernanda Violatti, head de análise de fundos listados da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney.

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O programa contou ainda com a participação de André Bacci, experiente investidor de fundos imobiliários que vive há mais de dez anos apenas com a renda passiva dos FIIs.

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Os títulos do Tesouro Direto fecharam abril oferecendo taxas de até 11,78% ao ano – no caso do prefixado com vencimento em 2021. No caso dos papéis indexados à inflação, a taxa pode chegar IPCA mais 6,21%.

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Aliás, o Tesouro IPCA+ é o queridinho dos especialistas para aproveitar o momento de alta nas taxas dos títulos públicos, já que oferecem proteção contra a inflação, caso os preços disparem acima do esperado, e podem ter valorização expressiva se as taxas recuarem. 

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As taxas elevadas – em alguns papéis perto de 1% ao mês – estimulariam a migração de investidores da renda variável para ativos de menor risco, como os títulos do Tesouro Direto. O movimento colaboraria inclusive para uma desvalorização das cotas dos FIIs.

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Embora bastante destacada pelo mercado, a abertura da curva dos juros – como é chamado o aumento das taxas – não chega a seduzir Bacci, que enxerga em muitos fundos retornos ainda maiores.

“Ainda há fundos imobiliários descontados no mercado, ou seja, que negociam abaixo do valor patrimonial, espécie de preço justo”, chama a atenção. “Especialmente os fundos de recebíveis, que acompanham a variação de indicadores como o IPCA, IGP-M ou mesmo a taxa do CDI”, detalha.

Bacci sugere ao investidor observar a tabela de sensibilidade presente nos relatórios gerenciais de alguns FIIs. Nela é possível observar a estimativa de retorno do fundo de acordo com a cotação da carteira.

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No portfólio de certificado de recebíveis imobiliários (CRI) do Brio Multiestratégia (BIME11), por exemplo, a projeção de remuneração é de IPCA mais 9,53% se a cota do FII estiver na casa dos R$ 7,30.

Fonte: BIME11

Bacci lembra ainda que o rendimento dos FIIs é isento de Imposto de Renda, diferentemente dos ganhos dos títulos públicos. Por outro lado, ele alerta que fundos imobiliários são produtos de renda variável – que embutem um risco maior do que os papéis negociados no Tesouro Direto.

Confira a entrevista completa de André Bacci na edição desta semana do Liga de FIIs. O programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.