Investimento no Tesouro Direto bate R$ 100 bilhões; Tesouro Selic é o título público “queridinho” em outubro

Estoque de papeis do Tesouro Direto rompeu a barreira dos R$ 100 bilhões no período

Neide Martingo

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A taxa Selic nas alturas tem ao menos uma “vantagem”: proporciona bons rendimentos a quem opta pela renda fixa. Os números mostram que os poupadores estão aproveitando a oportunidade.

O estoque de títulos públicos nas mãos de investidores rompeu a barreira dos R$ 100 bilhões em outubro, totalizando R$ 101,23 bilhões, o que representa um aumento de 1,34% em relação ao mês anterior (R$ 99,89 bilhões). Os dados são do balanço mensal do Tesouro Direto, divulgado nesta quinta-feira (24).

Durante o mês passado, o título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, indexado à taxa Selic, que totalizou R$ 1,94 bilhão em vendas e correspondeu a 69,32% do total.

Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram R$ 533,62 milhões e corresponderam a 19,05% das vendas, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 325,71 milhões em vendas, ou 11,63% do total.

Nas recompras (resgates antecipados), também predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 1,21 bilhão (59,51%). Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais) totalizaram R$ 572,70 milhões (28,25%) e os prefixados, R$ 247,91 milhões (12,23%).

Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre um e cinco anos, que alcançaram 82,13% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de dez anos representaram 12,27%, enquanto os títulos com vencimento de cinco a dez anos corresponderam 5,59% do total.

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Foram realizadas, no mês passado, 489.507 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, no valor total de R$ 2,80 bilhões. O Os resgates, no período, foram de R$ 2,03 bilhões. Dessa forma, houve emissão líquida de R$ 774,10 milhões. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 62,86% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 5.722,17.

No estoque, predominam os títulos de inflação

No estoque de títulos públicos mantidos pelos investidores, os papéis remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos, somando R$ 52,23 bilhões (51,60% do total). Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, com montante de R$ 33,37 bilhões (32,96%) e os títulos prefixados, que somaram R$ 15,64 bilhões (15,45%).

Um mar de investidores

O número de investidores também teve crescimento. O total dos que atualmente estão com saldo em aplicações no Tesouro Direto atingiu a marca de 2.102.313 pessoas, aumento de 12.187 investidores no mês.

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Já o número de investidores cadastrados no Programa aumentou em 439.537, crescimento de 52,48% em relação a outubro de 2021, atingindo a marca de 21.600.786 pessoas.

Neide Martingo

Jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios, trabalhou em veículos como Valor Investe, Diário do Comércio e Gazeta Mercantil e escreve sobre Renda Fixa no InfoMoney