InfoMoney Responde: plano de previdência ou renda fixa?

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Mariana Segala

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É um clássico pensar na aposentadoria como algo que está muito distante e vai levar anos ou até décadas para chegar.

O problema é que uma hora ela chega, e quem não se preveniu pode acabar com um rombo financeiro grande para resolver.

O leitor Paulo tomou uma atitude diferente: já possui um plano de previdência privada há alguns anos. Mas agora, tem dúvidas se ele continua sendo a melhor alternativa para seus investimentos – ou se seria mais jogo aplicar diretamente em outros produtos financeiros.

A dúvida de Paulo foi tema da newsletter do InfoMoney na sexta-feira (9), dia dedicado a esclarecer as dúvidas dos investidores. InfoMoney Responde procurou indicar os caminhos para uma decisão embasada sobre o assunto. Confira:

• Tenho um VGBL que fiz há 15 anos pensando numa renda passiva. Ainda não estou fazendo retiradas. Deixo o valor aplicado nele ou retiro tudo e invisto em papéis atrelados à Selic e ao IPCA?
Paulo P.

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Para começar essa resposta, é preciso fazer uma distinção importante entre planos de previdência e fundos de previdência.

Os planos são os produtos que os investidores efetivamente adquirem. Eles correspondem a uma espécie de “pacote” para a aposentadoria, com as instituições financeiras atuando na gestão dos valores e dos prazos para que, mais tarde, o investidor obtenha uma renda.

Já os fundos de previdência são os veículos de investimento em si. Assim, um investidor que contrate um plano terá seus recursos efetivamente aplicados em um fundo de previdência.

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O gestor da carteira escolherá que ativos comprar e vender (e quando). Os resultados dessas operações é que renderão os ganhos ou perdas para o poupador – exatamente como em um fundo de investimentos comum.

Carolina Oliveira, head de análise de fundos da Plataforma da XP, lembra que um VGBL é um tipo de plano de previdência que pode aplicar em diversas classes de ativos, por meio de fundos diferentes.

Portanto, para decidir entre manter os recursos no VGBL ou migrá-los para outros investimentos, o primeiro a fazer é entender qual estratégia o plano acessa, segundo Carolina.

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“Caso investir em Selic e IPCA seja o seu desejo, você não precisa necessariamente realizar o saque do seu produto”, afirma. “Existem, dentro do mundo da previdência, estratégias que replicam essas alocações, possibilitando que os investidores se beneficiem de uma tributação mais favorável do que em outras classes de ativos”.

A tributação é uma das principais vantagens da previdência privada. Explique-se: os investimentos comuns de renda fixa – como títulos públicos ou CDBs – são tributados pela tabela regressiva do Imposto de Renda, com alíquotas entre 22,5% (para aplicações mantidas por menos de seis meses) e 15% (para as que superam dois anos).

A tabela regressiva do Imposto de Renda aplicada sobre a previdência privada, por outro lado, pode alcançar alíquotas melhores: a mínima é de 10%, para aplicações mantidas por mais de dez anos.

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Carolina lembra ainda que na previdência privada não há incidência de come-cotas, antecipação semestral de recolhimento de IR que existe nos fundos de investimentos comuns.

Fora isso, é preciso atentar para a possibilidade de pagar Imposto de Renda duas vezes, já que no caso do leitor Paulo ocorreria tributação no momento em que for realizado o resgate do plano de previdência – e novamente lá na frente, ao sacar o dinheiro do novo investimento que fosse realizado.

Para saber mais sobre previdência privada, acesse o guia do InfoMoney sobre o assunto. Basta clicar aqui.

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Mariana Segala

Diretora de Redação do InfoMoney