Indústria de fundos tem captação negativa de R$ 12,9 bilhões em agosto

No acumulado do ano até agosto, no entanto, a indústria apresenta captação positiva de R$ 90,03 bilhões

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A captação líquida (diferença entre depósitos e saques) da indústria de fundos de investimentos ficou negativa no mês de agosto. De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) divulgados nesta sexta-feira (6), os saques superaram os depósitos em R$ 12,864 bilhões no último mês – foram R$ 286,560 bilhões de depósitos contra R$ 299,124 bilhões de retiradas.

Já no acumulado do ano, a captação líquida da indústria atingiu R$ 90,031 bilhões, resultado de R$ 2,427 trilhões de aplicações e R$ 2,336 trilhões de saques.

De acordo com a entidade, a indústria de fundos brasileira atingiu um patrimônio líquido de R$ 2,421 trilhões no final de agosto (contando fundos off shore).

Tipos de fundos
Segundo a Anbima, os fundos do tipo Referenciado DI tiveram a maior captação da indústria no mês, com R$ 1,380 bilhão, seguidos pelos fundos de Curto Prazo, com R$ 782,8 milhões. Os piores desempenhos ficaram por conta dos fundos de FIDC (fundos de investimentos em diretos creditórios), com captação negativa de R$ 6,062 bilhões e os fundos de Renda Fixa, que ficaram negativos R$ 5,877 bilhões.

No acumulado do ano, o pódio dos fundos com maiores captações ficou com os fundos do tipo Referenciado DI, Curto Prazo e FIDC que captaram R$ 17,70 bilhões, R$ 16,50 bilhões e R$ 15,71 bilhões, respectivamente.