Ifix fecha com a maior alta em quatro meses; FII RBRL11 é destaque da sessão

O fundo RBR Log (RBRL11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 4,06%

Wellington Carvalho

(anilakkus/Getty Images)
(anilakkus/Getty Images)

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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta quinta-feira (11) com alta de 0,66%, aos 2.851 pontos. Foi a maior elevação desde o dia 1 de abril, quando o indicador subiu 0,67%. O fundo RBR Log (RBRL11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 4,06%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

Maior fundo imobiliário em número de cotistas – quase 560 mil – o Maxi Renda (MXRF11) aposta na “gordura” acumulada nos últimos meses para manter a distribuição de dividendos no período de deflação. O posicionamento faz parte do balanço do segundo trimestre do fundo, divulgado nesta quarta-feira (10).

Considerado um FII de “papel”, o Maxi Renda investe predominante em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), título que oferece ao fundo um rendimento prefixado e a correção monetária por um indicador, que normalmente é o IPCA ou a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário).

No caso do fundo gerido pela XP Asset e administrado pelo BTG Pactual, apenas o rendimento prefixado foi distribuído aos cotistas como dividendos. Parte da correção monetária foi retida, criando uma espécie de colchão de segurança, de acordo com André Masetti, gestor do Maxi Renda.

“Tivemos vários meses em que a inflação esteve na casa de 1% e o fundo distribuiu uma parcela muito menor do que a inflação acumulada nos últimos meses”, explica. “Claro que a deflação come um pouco dessa gordura, mas a distribuição de dividendos do fundo segue de forma recorrente”, prevê.

De acordo com Masetti, o Maxi Renda terminou o mês de julho com uma correção monetária acumulada equivalente a R$ 0,20 por cota. O montante, diz o gestor, seria suficiente para o fundo se blindar neste período de deflação.

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“O valor nos dá uma tranquilidade em relação às distribuições futuras, especialmente neste curto prazo marcado pela deflação medida pelo IPCA”, reforça.

Maiores altas desta quinta-feira (11):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RBRL11 RBR Log Logística 4,06
RBRP11 RBR Properties Outros 3,61
HGFF11 CSHG FoF Títulos e Val. Mob. 3,41
LVBI11 VBI Logístico Logística 2,87
KNRI11 Kinea Renda Imobiliária Híbrido 2,72

Maiores baixas desta quinta-feira (11):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
CPTS11 Capitânia Securities II Títulos e Val. Mob. -2,19
BTAL11 BTG Pactual Agro Outros -1,4
BRCR11 BC FUND Híbrido -1,37
TORD11 Tordesilhas EI Outros -1,23
HSAF11  HSI Ativos Financeiros Títulos e Val. Mob. -1,16

Fonte: B3

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FII Shopping Pátio Higienópolis (SHPH11) cancela oitava emissão de cotas do fundo

Em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (10), o FII Shopping Pátio Higienópolis comunicou o cancelamento da oitava emissão de cotas do fundo, que havia sido iniciada no dia 21 de fevereiro.

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A nova oferta da carteira tinha como objetivo captar até R$ 599,99 milhões para aumentar participação da carteira no complexo comercial, em São Paulo (SP).

No entanto, o coproprietário que inicialmente tinha intenção de vender a fatia que possui no empreendimento não avançou na negociação.

Esperando uma definição, o fundo chegou a postergar, por quatro vezes, o fim do período de direito de preferência da oferta antes de cancelar a nova emissão.

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De acordo com gestores, a decisão anunciada no fato relevante cancela automaticamente todos os atos relacionados previstos na oitava emissão de cotas do fundo.

Atualmente, o FII shopping Pátio Higienópolis tem 25% de participação no complexo homônimo. O espaço o de 34 mil metros quadrados abriga 300 lojas, seis salas de cinema, um teatro e mais de 1.500 vagas de estacionamento.

Dividendos hoje

Confira quais são os seis fundos que distribuem rendimentos nesta quinta-feira (11):

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Ticker Fundo Rendimento
VCRA11 Vectis Datagro Fiagro  Imobiliário  R$  1,27
KNCA11 Kinea Crédito Agro  R$  1,21
KCRE11 Kinea Creditas  R$  1,20
KNHY11 Kinea High Yield CRI  R$  1,16
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários  R$  1,15
KNCR14 Kinea Rendimentos Imobiliários  R$  1,15
RPRI11 RBR Premium Recebíveis Imobiliários  R$  1,05
KNIP11 Kinea Índice De Preços  R$  1,04
KNIP14 Kinea Índice De Preços  R$  1,04
VCJR11 Vectis Juros Real  R$  1,00
KNSC11 Kinea Securities  R$  0,91

Fonte: InfoMoney. Tickers com final diferente de 11 se referem aos recibos e direitos de subscrição dos fundos.

Giro Imobiliário: Investidor de FIIs ignora risco ao olhar só dividendos, diz gestor do BRCO11, o mais recomendado há um ano

Há um ano, o Bresco Logística (BRCO11) é quase um consenso no mercado. Em agosto, pelo 12º mês consecutivo, o FII foi o mais citado em compilação realizada pelo InfoMoney das carteiras recomendadas de fundos imobiliários por dez corretoras – a carteira entrou na lista de sugestões de oito delas.

Mas apesar da popularidade, a valorização das cotas do fundo está longe de empolgar. As cotas do BRCO11 são negociadas atualmente no mesmo patamar de 2019, ano em que a carteira estreou na B3 com seu IPO (oferta pública inicial). Os dividendos – abaixo da média dos pares de mercado – também geram questionamentos entre os investidores.

Para Rafael Fonseca, gestor do Bresco Logística, a qualidade do portfólio – formado por 11 imóveis localizados em seis estados – ajuda a entender a preferência entre os analistas. Ele responde aos críticos da precificação das cotas e dos rendimentos com uma equação, aparentemente inalcançável: “Querem que o fundo seja bom, de qualidade, com baixo risco de crédito e que pague o mesmo dividendo de fundos que têm muito risco atrelado a uma rentabilidade mais elevada”, provoca.

Na visão de Fonseca, o fim do ciclo de alta dos juros será um gatilho para a valorização da carteira. “A taxa Selic não precisa nem cair”, diz o gestor, que também é sócio do Grupo Bresco, plataforma que atua no segmento logístico desde 2011.

No segundo semestre de 2022, setor logístico de alto padrão recebeu 810 mil metros quadrados de novos galpões, número bem acima dos 157 mil metros quadrados registrados no primeiro trimestre do ano. Até o final do ano, está prevista a entrega de mais 2 milhões de metros quadrados ao estoque nacional.

Para alguns, o excesso de novos galpões pode prejudicar os fundos do setor. Mas os números não assustam Fonseca, que descarta o risco de uma superoferta derrubar os preços dos aluguéis. “Muitos projetos que estavam sendo estudados já não param mais em pé, não são mais viáveis”, afirma. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.