Hashdex não tem exposição a SVB, Silvergate e Signature Bank, afirma gestora

Silvergate e Signature eram até recentemente os dois principais bancos que conectavam o sistema financeiro americano e as criptos

Paulo Barros

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A gestora brasileira de fundos de criptoativos Hashdex afirmou nesta terça-feira (14) que não tem qualquer exposição aos bancos americanos que fecharam as portas nos últimos dias.

Em nota, a empresa diz nunca ter tido relacionamento com o Silicon Valley Bank (SVB), banco que tem depósitos de diversas startups pelo mundo, incluindo empresas do mundo cripto, como a Circle.

Além disso, garante a Hashdex, a gestora já chegou a usar os bancos Silvergate e Signature Bank no passado, mas esse não é mais o caso.

A empresa diz ter interrompido relações com o Silvergate em novembro do ano passado. Naquele mês, a exchange FTX, uma das principais clientes do banco, colapsou com um passivo estimado de US$ 10 bilhões. Mais tarde, o Silvergate passou a ser investigado por autoridades pelo envolvimento na crise, e acabou encerrando suas operações voluntariamente na semana passada.

Já o Signature, diz a Hashdex, deixou de ser utilizado para movimentar recursos no início de fevereiro, portanto antes da intervenção da FDIC, equivalente americana ao FGC.

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A companhia utiliza várias contas bancárias em diferentes instituições para os fundos da casa, mas relembra que os saldos mantidos em dinheiro referente ao patrimônio desses produtos acaba sendo irrelevante, porque os recursos são usados apenas para receber aportes, pagar resgates e liquidar negociações de criptoativos.

“Em geral, dado que cada fundo da Hashdex está totalmente alocado em criptoativos, os saldos restantes em dólares nas contas bancárias são marginais”, diz a gestora.

A Hashdex salienta que, dessa maneira, nenhum dos fundos geridos por ela teve perdas relacionadas a essa crise bancária nos EUA.

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“A Hashdex utiliza vários bancos para servir como entrada/saída de dólares americanos para dentro/fora do ecossistema de criptoativos, e isso continuará a ser a nossa forma de operar e mitigar esse tipo de risco”, diz a gestora em comunicado.

A Hashdex conta com 11 fundos com exposição a criptos, além de seis fundos de índice (ETF) negociados na B3 que acompanham o setor de ativos digitais. O maior produto da gestora é o ETF HASH11, que conta com patrimônio líquido de R$ 1,17 bilhão.

Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas