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O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral o menor patrimônio entre os que disputaram o primeiro turno na capital paulista, de menos de R$ 200 mil, bem longe dos R$ 4,8 milhões do seu rival de segundo turno, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), e principalmente dos R$ 193,5 milhões apresentados por Pablo Marçal (PRTB), que ficou de fora da corrida.
As informações constam da plataforma de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (Divulgacand), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reúne dados sobre todos os candidatos nas eleições de outubro deste ano. Pela regra, todos os postulantes precisam apresentar solicitação de registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral acompanhada por declaração de bens até 15 de agosto.
Professor, deputado federal e ex-líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Boulos declarou ao TSE R$ 199.596,87 em bens, divididos principalmente em uma casa de R$ 171.758,00 e um carro popular de R$ 15.146,00.
Sobra pouco, portanto, para aplicações. O candidato declarou apenas cerca de R$ 800 na conta corrente, além de R$ 11.876,87 em um CDB do Banco Santander.
“Ter apenas CDBs em carteira poderá comprometer tanto a rentabilidade da carteira como a liquidez. Caso esses CDBs não sejam de liquidez diária, a multa em caso de resgate antecipado pode chegar a 10% da posição total, até acima disso”, avalia Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, ao analisar os investimentos de Boulos.
A realidade financeira do atual prefeito, Ricardo Nunes, é bem diferente. Seus R$ 4.843.350,91 em bens estão distribuídos entre imóveis (32%), investimentos (26%), previdência (20%), depósitos bancários em conta corrente (11%) – que somam R$ 560 mil – e o restante em quotas de capital de empresa e um veículo.
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“Chama a atenção em seu portfólio a soma de R$ 560 mil em depósitos em conta corrente e conta salário. Este valor tem a característica de liquidez e serve como reserva de emergência, porém poderia estar rendendo uma taxa mínima do CDI (Certificado do Depósito Interbancário) com liquidez e baixa volatilidade”, diz Mauro Cervellini, sócio e head de wealth management da MZM Wealth.