Fundos imobiliários se descolam do mercado e fecham nova sessão em queda

O fundo KILIMA (KISU11) liderou a lista das maiores altas da sessão, com elevação de 3%

Wellington Carvalho

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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (9) praticamente estável, com leve queda de 0,03%, aos 2.724 pontos. O fundo KILIMA (KISU11) liderou a lista das maiores altas da sessão, com elevação de 3%. Confira os demais destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

Um dos segmentos mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 nos últimos dois anos, os fundos imobiliários de shoppings iniciaram 2022 sinalizando recuperação e setor projeta crescimento de 13% nas vendas em 2022.

Dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) apontam que as vendas de janeiro nos complexos comerciais registraram alta de 10%. O maior avanço foi visto nas regiões Norte (27,1%) e Sudeste (11,7%), seguidas por Nordeste (8,7%), Sul (8,4%) e Centro-Oeste (5,5%).

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Os números reforçam o otimismo dos fundos imobiliários de shoppings, que confirmam o momento positivo do segmento e, em alguns casos, já ostentam desempenho acima do período pré-pandemia.

“Tivemos vendas e indicadores operacionais ao final de 2021 bem próximos a 2019 e, no mês de janeiro, já ultrapassamos levemente os números de 2019 se considerarmos vendas, aluguéis e Mall & Mídia”, aponta relatório gerencial do HSI Malls (HSML11), também divulgado na terça (8). “O resultado do fundo apresentou crescimento relevante no mês, sobretudo devido ao vencimento do aluguel maior dos ativos de competência Dezembro 2021”, cita o documento.

Com uma área bruta locável (ABL) de 128 mil metros quadrados, o portfólio do HSI Malls é composto por cinco shopping centers em três estados.

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Fonte: HSI Malls

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o XP Malls ([ativo=XPML]) também confirmou resultado expressivo, com crescimento de 34% nas vendas por metro quadrado e de 26% no resultado operacional líquido dos imóveis.

“O maior nível de vendas contribui para um aluguel percentual maior nos shoppings”, aponta a equipe de gestão do XP Malls em relatório gerencial. “Vale ressaltar também que nos meses de janeiro temos o recebimento do 13º aluguel dobrado, auxiliando na composição resultado operacional da carteira”, detalha.

Atualmente, a carteira imobiliária do fundo é composta por 15 empreendimentos que, juntos, somam uma ABL de 142 mil metros quadrados.

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Confira a participação de cada shopping no resultado operacional líquido (NOI) do XP Malls:

Fonte: XP Malls

Ainda segundo balanço da Abrasce, o valor médio gasto pelos consumidores nas lojas de shoppings fechou janeiro de 2022 em R$ 130,94, valor 16,4% superior aos R$ 112,46 de janeiro de 2021.

O estudo da entidade apontou também que o fluxo de visitantes nos centros de compras em janeiro teve crescimento de 22,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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“Os indicadores operacionais dos shoppings do portfólio apresentaram resultados favoráveis indicando de forma positiva a normalização do hábito de consumo em todas as regiões”, sinaliza o último relatório mensal do Vinci Shopping Centers (VISC11).

Em janeiro, as vendas do fundo cresceram 40,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, o resultado líquido operacional dos empreendimentos apresentou crescimento de 42,3% neste mesmo período.

Conforme comunicado ao mercado no início do mês, o Vinci concluiu a aquisição de participação adicional equivalente a 1,60% do Pantanal Shopping, localizado em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. O portfólio do fundo conta com participação em 19 shoppings em 12 diferentes Estados.

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Glauco Humai, presidente da Abrasce, afirmou que, apesar das condições macroeconômicas adversas, o setor vem mostrando uma retomada gradual, especialmente a partir dos avanços da vacinação e normalização do horário de funcionamento e da capacidade de ocupação.

“Fechamos 2021 com números bons e iniciamos 2022 com uma boa performance. Estimamos alcançar um crescimento nas vendas de 13,8% no ano”, projetou em nota.

Maiores altas desta quarta-feira (09):

Ticker Nome Setor Variação (%)
KISU11 KILIMA Títulos e Val. Mob. 3
PORD11 Polo Recebiveis Títulos e Val. Mob. 2,23
BLMG11 Bluemacaw Logística Logística 1,82
BTCR11 BTG Pactual Credito Imobiliario Títulos e Val. Mob. 1,45
TGAR11 TG Ativo Real Outros 1,37

Maiores baixas desta quarta-feira (09):

Ticker Nome Setor Variação (%)
SNFF11 Suno FoF Outros -2,8
RBRP11 RBR Properties Outros -2,1
PATL11 Pátria Logística Híbrido -1,64
BTLG11 BTG Pactual Logistica Logística -1,58
VISC11 Vinci Shopping Centers Shoppings -1,52

Fonte: B3

Locatários atrasam pagamento e Max Retail (MAXR11) reduz dividendos em até R$ 0,09 por cota

O fundo Max Retail comunicou ao mercado, nesta terça-feira (08), que não recebeu de alguns locatários a totalidade do aluguel referente ao mês de janeiro de 2022.

De acordo com os gestores, o atraso no pagamento representará uma redução na próxima distribuição de dividendos de aproximadamente R$ 0,09 por cota.

Em fevereiro, o Max Retail depositou R$ 0,67 por cota aos investidores, montante equivalente a um retorno mensal com dividendos de 0,77%.

Com patrimônio líquido de R$ 132 milhões, o portfólio do fundo é composto por nove imóveis comerciais locados para empresas como Americanas (AMER3), Bompreço e Torra Torra.

Dividendos de hoje

Confira quais são os 14 fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta quarta-feira (09):

Ticker Fundo Rendimento
JPPA11 JPP Allocation Mogno  R$  1,50
CACR11 Cartesia Recebíveis Imobiliários  R$  1,50
TGAR11 TG Ativo Real  R$  1,22
GGRC11 GGR Covepi Renda  R$  0,85
VTLT11 Votorantim Logística  R$  0,83
RBLG11 RB Capital Logístico  R$  0,80
FVPQ11 Via Parque Shopping  R$  0,72
AIEC11 Autonomy Edifícios Corporativos  R$  0,68
PATL11 Pátria Logística  R$  0,58
VSHO11 Votorantim Shopping  R$  0,57
QAGR11 Quasar  R$  0,39
PATC11 Pátria Edifícios Corporativos  R$  0,30
NVHO11 Novo Horizonte  R$  0,08
RBVO11 Rio Bravo Crédito Imobiliário II  R$  0,07

Fonte: InfoMoney

Giro Imobiliário: quatro fundos com cotas que custam menos de R$ 50; aluguel residencial sobe 2,92%

Quatro fundos imobiliários com cotas que custam menos de R$ 50 para investir mesmo com pouco dinheiro

A lista de fundos imobiliários com cotas acessíveis reúne opções que demandam atenção do investidor – mas também há oportunidades. De acordo com sete analistas consultados pelo InfoMoney, dentre os 11 FIIs mais baratos, há quatro que podem valer o investimento. Não são, no entanto, teses “óbvias”, segundo Isabella, da Genial.

Um deles é o Vinci Offices, que recentemente anunciou a aquisição da sede da Rede Globo, em São Paulo (SP). O negócio de R$ 522 milhões, em um primeiro momento, não agradou o mercado.

“Os cotistas estão se desfazendo da posição, mas, na minha opinião, vale a pena dar uma olhada no fundo porque, quando acabar a força vendedora, ele vai chegar num preço bem interessante”, projeta.

Apenas em fevereiro, as cotas do Vinci Offices registraram baixa de 8%, uma das maiores no período. Na visão de Isabella, não há garantia de que a queda esteja no fim. No entanto, ela arrisca que o atual desconto oferecido pelo papel, na casa dos 15%, não vai durar muito tempo.

Outro fundo barato que chama atenção é o Maxi Renda, o maior FII do Brasil em número de cotistas, com 503 mil investidores. Novamente, diz Isabella, não é uma aposta consensual.

A distribuição de dividendos do Maxi Renda foi questionada recentemente pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com isso, suas cotas acumulam queda de 8% desde então. O Maxi Renda entrou com pedido de reconsideração da decisão e aguarda nova manifestação da autarquia. “Superado o problema com a CVM, o fundo pode se tornar interessante”, reflete Isabella.

Os analistas apontam ainda o BlueMacaw Renda + FoF ( BLMR11) e o Valora Hedge Fund ( VGHF11) como opções com preços baixos que podem fazer sentido para o investidor.

IVAR: Índice de Variação de Aluguéis Residenciais sobe 2,92% em fevereiro de 2022

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) subiu 2,92% em fevereiro, o que representa uma aceleração em relação à taxa de 1,86% registrada no mês passado. Com o resultado, o índice passa a acumular variação de 4,76% em 12 meses, a maior variação acumulada pelo Ivar desde o início da série histórica, em janeiro de 2019.

Entre janeiro e fevereiro, a taxa de variação mensal do IVAR acelerou em quase todas as cidades componentes do índice. Apenas São Paulo registrou ligeira desaceleração.

Considerando a tendência da variação acumulada em 12 meses, todas as cidades componentes do IVAR apresentaram aceleração: São Paulo (de 0,40% para 2,83%), Rio de Janeiro (de 1,85% para 4,90%), Belo Horizonte (de 3,69% para 9,32%) e Porto Alegre (de 0,84% para 5,46%).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.