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“Foquem na China porque é de lá que virá o risco”, alerta Xavier, da SPX

Gestor ressalta que nível de endividamento das companhias chinesas é elevado – e vai visitar o país para ver a situação de perto

Bruna Furlani

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Se há um tema que está na cabeça de Rogério Xavier, CEO da SPX Capital, é a China. “O país dá cada vez mais sinais de esgotamento do modelo econômico. É difícil saber quando vai ter um problema mais sério”, destacou o executivo, durante painel realizado em evento do UBS, nesta segunda-feira (29).

Para entender de perto a situação da China, Xavier irá ao país em abril para visitar companhias. “Quero ver com os meus olhos se aquilo que tenho como ‘plena convicção’ é verdade ou não. Se eu puder dar um conselho: foquem todos os olhares para a economia chinesa. É dali que vai vir o risco”, alertou.

A importância dada à China não é à toa. A SPX avalia que, se errar o cenário para o gigante asiático neste ano, corre o risco de incorrer no erro com os demais. “Temos que voltar nossos olhos para lá porque pode ser um fator de desestabilização forte”, destacou gestor.

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O executivo chamou atenção para o nível de endividamento das companhias chinesas, que está “gigantesco”, na sua avaliação, e questionou como isso poderia afetar o sistema financeiro asiático.

Otimismo com juros nos desenvolvidos

A preocupação com o gigante asiático ocorre ao mesmo tempo em que Xavier se diz mais “otimista com o mundo nos últimos tempos”, impulsionado pela queda de juros por bancos centrais de países desenvolvidos.

Na visão do executivo, há chance de que as autoridades monetárias dos Estados Unidos, Europa e Inglaterra comecem a cortar os juros a partir de março deste ano.

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Embora o fiscal seja um ponto de alerta nos Estados Unidos, especialmente em ano de eleições, Xavier afirmou que a percepção é que os investidores estão confortáveis em financiar o país, mesmo com um déficit alto.

Para o gestor, o mercado em 2024 deve ser de mais “oportunidade” para os americanos em um cenário em que a China desacelera e que a expectativa dos economistas é que a economia americana consiga o famoso “pouso suave”.

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