Fique calmo: por que ficar otimista com a Bolsa no longo prazo

O Papo com Gestor desta semana recebeu os gestores Henrique Bredda (Alaska Asset), Cassio Bruno (Moat Capital) e Renato Ometto (Mauá Capital)

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Na última quarta-feira (14), o InfoMoney transmitiu ao vivo para alunos do curso “Como Montar uma Carteira de Ações Vencedora” e aos assinantes do relatório Carteira InfoMoney Premium, o Papo com Gestor especial, que contou com os gestores dos fundos de ações Henrique Bredda (Alaska Asset), Cassio Bruno (Moat Capital) e Renato Ometto (Mauá Capital).

Os três são gestores dos fundos de ações considerados mais “arrojados”, tendo em vista o histórico de volatilidade de suas cotas em comparação com outros fundos. Na prática: eles costumam ganhar bem mais nos dias de euforia, mas tendem a ter perder maiores nos dias difíceis.

Isso ficou evidente no último mês: enquanto o Ibovespa subiu 10,14%, os fundos do Alaska, Moat e Mauá subiram 27,9%24,32% e 13,91%, respectivamente. Os três fundos estão disponíveis para investimentos na XP, com taxa zero para abertura e TED.

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Não à toa esses fundos foram muito buscados pelos investidores: somente em outubro, as estratégias de ações do Alaska, Moat e Mauá tiveram captação líquida entre R$ 210 e R$ 90 milhões, ficando entre as 10 assets que mais receberam dinheiro de ações no mês, segundo relatório divulgado pela XP. 

O Alaska, aliás, foi o 3º colocado nesse ranking de captação, ficando na frente de assets bem maiores como Santander e SPX.

Durante a entrevista, Bredda, Bruno e Ometto explicaram por que não estão preocupados com a sequência de quedas do Ibovespa logo após as eleições, tampouco com os 12 dias seguidos de recuo do petróleo, fato que afetou as ações da Petrobras e que, na visão da maioria deles, foi um bom momento para aumentar posição na estatal.

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Queda do petróleo e timidez dos gringos: é motivo para perder o otimismo?

Na opinião dos três gestores, esses dois entraves para a Bolsa no curto prazo não devem tirar o sentimento de otimismo do investidor.

Bredda explica que sempre terá uma “commodity da vez”; já foi o tempo do café, do petróleo, depois foram as metálicas, com demandas na Ásia, por exemplo. “Se você olhar o petróleo, de 1998 a 2008 o preço saiu de US$ 10 para US$ 150”, diz. Ele explica que apesar dos preços continuarem subindo, o movimento será com muita volatilidade.

Segundo Cassio Bruno, o preço do petróleo a níveis mais baixos não seria ruim para o Brasil – na verdade, seria bastante positivo. A opinião também é compartilhada por Ometto: “Temos posição [em commodities] e estamos aproveitando qualquer baixa para aumentar os nomes que temos convicção”.

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No que diz respeito à entrada de estrangeiros, o gestor da Mauá Capital explica que o investidor de fora já passou por experiências ruins na América Latina, como na Argentina e no México, países que tiveram presidentes de direita, mas que mesmo assim a bolsa caiu. “Como a transição de governos é conturbada, talvez eles estejam esperando que algo melhor comece a acontecer para poderem entrar, para pegarem a direção certa”, explica. 

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