“Finfluencers” ganham 76% mais seguidores em 2022; renda variável predomina, mas renda fixa engaja mais

Influenciadores de investimentos produziram 276,8 mil publicações em redes sociais no 2º semestre do ano passado, com média de 1.489 interações em cada

Equipe InfoMoney

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Os influenciadores que falam sobre investimentos nas redes sociais alcançaram um (baita) exército de quase 166 milhões de seguidores no segundo semestre de 2022, um avanço de 76% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

São 515 “finfluencers”, responsáveis por 1.257 perfis no Facebook, no Instagram, no Twitter e no Youtube, segundo a quarta edição de um mapeamento sobre o assunto realizado pela Anbima (Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais). Os influenciadores de investimentos somavam 255 no primeiro semestre de 2022, com 581 perfis.

“Diante do dinamismo desse segmento, aprimoramos nossos robôs e passamos a fazer uma varredura mais recorrente pelas redes sociais em busca de perfis novos ou que começaram a ganhar relevância”, diz Amanda Brum, gerente-executiva de Comunicação, Marketing e Relacionamento da Anbima. “Não houve mudança significativa entre os finfluencers grandes, mas o boom de pequenos e médios ampliou significativamente a nossa base”.

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O levantamento foi realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) entre os dias 1° de julho e 31 de dezembro de 2022.

O Twitter perdeu espaço entre as redes sociais favoritas, mas, por permitir postagens curtas e atualização em tempo real, ainda é a que concentrou 52,3% das publicações no segundo semestre de 2022 (contra 66,2% no primeiro). Instagram (18,1%), Facebook (16,9%) e YouTube (12,6%) são as seguintes.

O YouTube, aliás, é a rede que gera o maior engajamento, com média de 3.896 interações (curtidas, compartilhamentos e comentários) por publicação. Foi uma queda de 32% em relação à edição anterior do estudo. O Facebook também teve perdas nesse quesito, de 65,3%, enquanto o engajamento no Instagram cresceu 26% e no Twitter, 60%.

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Os influenciadores de investimentos somam, em média, 1.489 interações por publicação. Juntos, eles produziram 276,8 mil publicações, 47% mais do que no levantamento anterior.

As publicações sobre produtos de investimento subiram 46%, de acordo com o levantamento, chegando em 77,4 mil no segundo semestre de 2022. Apesar da ampliação de influenciadores  mapeados, o número deles que abordam ativos específicos caiu 29%. Com as atenções do público voltadas para a política e as eleições, o engajamento em postagens sobre produtos também diminuiu 24%, somando uma média de 1.218 interações.

Os ativos de risco são os mais citados pelos finfluencers: 94% das publicações do período de análise foram sobre renda variável. Porém, é com a renda fixa que os seguidores se engajam mais.

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Enquanto cada publicação sobre renda fixa rendeu, em média, 2.240 interações, as de renda variável alcançaram 1.151. Na análise, a Anbima indica que há “desconexão” entre os temas mais
abordados e o interesse do público.

Dentre os ativos de renda variável, sobressaíram as criptomoedas. Com a queda generalizada do valor das moedas digitais, o assunto registrou um crescimento de 37% entre julho e dezembro, tornando-se o mais abordado pelos influenciadores de investimentos. As criptomoedas apareceram em 32% de todas as publicações sobre ativos, com o Twitter concentrando a maior parte delas e o YouTube gerando o maior volume de engajamento.

O estudo indicou ainda quais são os dez influenciadores mais relevantes do momento, considerando tanto a sua popularidade (número de seguidores), o engajamento (número de interações nas publicações), o comprometimento (volume de publicações), a capacidade de influenciar outras publicações e a capacidade de distribuir conteúdo em diferentes nichos de audiência.

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Na liderança do ranking geral está O Primo Rico, perfil de Thiago Nigro; seguido pelo Economista Sincero, de Charles Mendlowicz; e por Bruno Perini – Você MAIS Rico. Entre as mulheres, o destaque fica com Nathália Arcuri, a frente de Cristiane Fensterseifer e do Riqueza em Dias, da Carol Dias.

Henrique Esteter, especialista em mercados do InfoMoney que mantém perfis no Twitter e no Instagram, também entre os dez principais influenciadores mapeados pela Anbima.

“O estudo deixa ainda mais claro o papel imprescindível que os influenciadores exercem no mundo dos investimentos e o alcance da voz deles dentro do mercado financeiro”, diz Amanda, da Anbima. “Os finfluencers são a porta de entrada para quem está começando a entender esse universo e uma espécie de bússola para aqueles que querem ampliar seus conhecimentos na área”.

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Confira a lista com os dez principais influenciadores de investimentos mapeados no levantamento da Anbima:

(Fonte: Anbima)