FIIs se rendem à inteligência artificial e data centers entram na mira do mercado

Este mês, o FII ALZR11 concluiu a compra de um data center em Porto Alegre por R$ 150 milhões

Wellington Carvalho

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O segmento de data center já é uma realidade para os Reits (Real Estate Investment Trust), espécie de fundos imobiliários nos Estados Unidos. No Brasil, o setor ainda é pouco explorado pelos FIIs, mas começa a encontrar seu espaço no mercado.

Neste mês, o Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) concluiu a compra de um data center de mais de 5 mil metros quadrados de área construída em Porto Alegre (RS). A carteira pagou R$ 150 milhões pelo espaço – o segundo do tipo no portfólio do fundo.

Para Marcelo Hannud, CEO da Aurea Finvest e especialista no segmento, o avanço das novas tecnologias e da inteligência artificial justificam o investimento nesta classe de ativo.

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“Quando você fala em inteligência artificial, que não sai do noticiário, temos a noção da dimensão deste negócio e do tamanho da infraestrutura necessária para atender tudo o que está chegando”, reflete. “O segmento já é bastante explorado pelos Reits e começa a conquistar seu espaço entre os fundos imobiliários”, confirma.

Criados há pouco mais de trinta anos, os FIIs atuam hoje principalmente em segmentos como logística, escritório, shoppings e imóveis comerciais – como supermercados, agências bancárias e imóveis alugados para universidades.

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FIIs que investem em data centers

Imóvel Scala: vista da fachada e do entorno do Imóvel, que teve sua construção finalizada em novembro de 2023 – Fonte: FII ALZR11

Fábio Carvalho, gestor do FII ALZR11, avalia que estamos seguindo para uma economia digital, cenário que sustenta a nova aquisição do fundo.

“Estamos criando informações de forma exponencial e isso tudo precisa ser armazenado, processado e disponibilizado de forma rápida e segura”, explica. “A presença online hoje é, muitas vezes, mais valorizada do que a convencional e este mundo digital precisa dos data centers, que crescem em um ritmo cada vez maior”, pontua.

Segundo Carvalho, a expectativa é de que a capacidade dos data centers vai dobrar a cada três anos no mercado dos Estados Unidos, que já é bastante desenvolvido.

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ALZR11 rebate críticas sobre o investimento

Carvalho rejeita as críticas referentes ao valor de aquisição do imóvel em Porto Alegre, localizado próximo ao aeroporto internacional Salgado Filho.

Para o gestor, o preço de um data center deve ser analisado pela capacidade de processamento de dados e não simplesmente pelo metro quadrado

“O que está construído ali não é só aço e tijolo como o pessoal está acostumado a analisar”, observa. “Pagamos pelo imóvel menos do que o espaço valeria em outros países e o ativo foi vendido pelo preço de custo”, detalha.

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Confira a entrevista completa de Fábio Carvalho e Marcelo Hannud na edição desta semana do Liga de FIIs. O programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.