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Com alta acumulada de quase 10% desde abril, o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados da Bolsa – ensaia uma esperada recuperação após os últimos dois anos marcados pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e pelo ciclo de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic.
A expectativa de que um corte da Selic está próximo tem estimulado o que já se chama de retomada do mercado de FIIs, como indica relatório da Santander Corretora, assinado por Flávio Pires. O documento traz uma lista de fundos que podem aproveitar o atual momento do segmento.
“[Onde se posicionar] é uma pergunta relevante especialmente para quem busca, além de bons dividendos, valorização das cotas dos FIIs”, aponta o documento. “Na nossa visão, uma carteira ideal seria com metade da alocação em fundos de recebíveis e a outra metade em fundos de ‘tijolo'”.
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De acordo com Pires, a escolha dos FIIs de recebíveis – ou de “papel”, como também são conhecidos – deve priorizar as carteiras de menor risco, os chamados high grade. Essa classe de ativo investe em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário).
No caso dos fundos de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis e têm forte potencial de ganho de capital –, o analista cita principalmente carteiras dos segmentos de shopping, logística, escritório, além dos híbridos, focados em mais de um tipo de ativo.
“Os FIIs preferidos no segmento de shoppings são o HSI Malls (HSML11) e o XP Malls (XPML11), que seguem com uma taxa de ocupação acima de 90% e apresentando vendas e resultados acima dos números do ano passado”, explica o especialista da Santander Corretora.
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No caso dos fundos híbridos, ele cita o CSHG Renda Urbana (HGRU11) e o TRX Real Estate (TRXF11). Diversificação de portfólio e contratos de longo prazo são pontos positivos da carteira, afirma.
No segmento logístico, os favoritos de Pires são o BTG Pactual Logística (BTLG11) e o Vinci Logística (VILG11). Para ele, esses FIIs têm imóveis de alta qualidade e localizados em regiões nobres para o setor.
“Em relação aos escritórios, as preferências são os fundos VBI Prime Properties (PVBI11) e Vinci Offices (VINO11), que também contam com imóveis majoritariamente bem localizados e alugados”, completa.
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Ifix hoje
Na sessão desta quinta-feira (25), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com alta de 0,24%, aos 3.003 pontos. Confira os demais destaques do dia.
Maiores altas desta quinta-feira (25):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
RBRP11 | RBR Properties | Híbrido | 3,16 |
RBRR11 | RBR Rendimento High Grade | Títulos e Val. Mob. | 2,11 |
HGRU11 | CSHG Renda Urbana | Renda Urbana | 2,03 |
SADI11 | Santander Papéis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 2,01 |
XPML11 | XP Malls | Shoppings | 1,88 |
Maiores baixas desta quinta-feira (25):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
ALZR11 | Alianza Trust Renda | Logística | -2,84 |
VGHF11 | Valora Hedge Fund | Títulos e Val. Mob. | -2,1 |
AIEC11 | Autonomy Edifícios | Lajes Corporativas | -1,7 |
PATL11 | Pátria Logística | Logística | -1,62 |
RZTR11 | Riza Terrax | Híbrido | -1,36 |
Fonte: B3
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Dividendos hoje
Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta quinta-feira (25):
Ticker | Rendimento | Rentabilidade | |
MORC11 | R$ 1,10 | 1,25% | |
EQIR11 | R$ 0,11 | 1,23% | |
SNCI11 | R$ 1,10 | 1,12% | |
TJKB11 | R$ 2,44 | 0,93% | |
BTAL11 | R$ 0,80 | 0,86% | |
XPIN11 | R$ 0,65 | 0,83% | |
XPML11 | R$ 0,81 | 0,79% | |
BTLG11 | R$ 0,74 | 0,76% | |
SNFF11 | R$ 0,65 | 0,75% | |
FCFL11 | R$ 0,80 | 0,74% | |
ALZR11 | R$ 0,82 | 0,73% | |
CCRF11 | R$ 0,57 | 0,68% | |
ANCR11B | R$ 42,08 | – | |
CVPR11 | R$ 1,05 | – | |
EXES11 | R$ 0,60 | – | |
VSEC11 | R$ 32,68 | – |
Fonte: StatusInvest
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Giro Imobiliário: IPCA-15 volta a desacelerar em maio; setor de shoppings se consolida como “porto seguro” na Bolsa
IPCA-15 volta a desacelerar em maio, para 0,51%, diz IBGE; projeção era de 0,64%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, teve alta de 0,51% em maio, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado ficou abaixo da estimativa dos analistas do mercado financeiro, uma vez que o consenso Refinitiv apontava para inflação de 0,64% no mês.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,07%, abaixo dos 4,16% observados nos 12 meses até abril. Nessa leitura, o consenso dos analistas estava em 4,20%. No ano, a inflação é de 3,12%
O dado manteve a tendência de desaceleração no ano, após ter alcançado 0,76% em fevereiro, 0,69% em março, e 0,57% em abril
Em maio de 2022, o IPCA-15 tinha ficado em 0,59%.
Segundo o IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram inflação no mês de maio.
Resultados do 1º tri reforçam setor de shoppings como um “porto seguro” na Bolsa; confira as ações preferidas
Em um primeiro trimestre bastante desafiador na média para as empresas brasileiras, um setor que foi destacado (novamente) como positivo foi o de shopping centers.
De uma forma geral, destaca a XP, o segmento de shoppings apresentou um desempenho sólido no 1T23, explicado por (i) uma sólida performance de vendas, apesar das bases de comparação desafiadoras versus o 1T22; e (ii) crescimento do aluguel de mesmas lojas (SSR) acima da inflação, auxiliando no aumento da receita de aluguel. Além disso, os estrategistas da casa observaram um crescimento na margem Ebitda tanto para a Multiplan (MULT3) quanto para a Iguatemi (IGTI11), o que indica ganhos de eficiência no trimestre.
“Embora as primeiras impressões do volume de vendas em abril indiquem um ritmo de crescimento mais normalizado (de cerca de 6% a 8% ao ano, o qual os estrategistas esperam ver ao longo do ano), ainda consideramos esses níveis como sólidos, levando em conta as bases de comparação desafiadoras versus 2022”, avaliam.
O BTG Pactual também avalia que a vendas sólidas garantiram crescimento de receitas e resultados, conforme esperado.
Para os analistas do banco, os shoppings apresentaram sólido crescimento de vendas nas mesmas lojas (SSS), impulsionando a receita de aluguel (retirada de descontos + repasse de inflação + crescimento real do aluguel).