RBRR11, MCCI11 e mais quatro FIIs de “papel” para comprar apesar da deflação, indica Itaú BBA

Redução de dividendos dos fundos deve ser de curtíssimo prazo, apontam os analistas da instituição financeira

Wellington Carvalho

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A redução dos dividendos dos FIIs de recebíveis – que investem em títulos de renda fixa atrelados a índice de inflação e à taxa do CDI – será pontual, sinaliza a segunda edição do Relatório Setorial de Ativos Financeiros do Itaú BBA, que avalia o impacto do cenário de deflação nos fundos imobiliários.

O documento é assinado por Marcelo Potenza e Larissa Nappo, analistas da instituição financeira, que reforçam o otimismo com os FIIs de recebíveis – ou de “papel”, como também são conhecidos. Diante da confiança, eles recomendam a compra de seis carteiras. São elas:

Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,68% e a expectativa do Itaú BBA é de que o indicador volte a ficar negativo em agosto, em um percentual de 0,16%.

O cenário reduz os dividendos distribuídos pelos FIIs de recebíveis, já que muitos títulos nas carteiras desses fundos têm como índice de correção o IPCA. Ou seja, se o indicador sobe, aumenta o dividendo. Se cai, reduz o rendimento distribuído aos cotistas.

Para Larissa, a distribuição de proventos dos fundos que possuem portfólios indexados ao IPCA deve ser reduzida nos meses de setembro e outubro, visto que o repasse mensal reflete o desempenho do indexador com um ou dois meses de defasagem. Após o período, o pagamento de dividendos deve voltar ao normal, sinaliza a analista.

“O resultado do IPCA de setembro, por exemplo, já deve vir no patamar de 0,43% e trazer alívio para os rendimentos mensais”, prevê.

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Ela pontua que, dado o cenário de queda nos proventos de curtíssimo prazo, o mercado resolveu se defender dos efeitos da deflação e foi às vendas, trazendo as cotações dos fundos de recebíveis para baixo.

Em agosto, os FIIs de “papel” registram queda de 0,4%, desempenho bem abaixo da performance dos fundos de tijolo – que investem diretamente em imóveis –, que ostentam forte alta de 7,4%. O Ifix, índice dos FIIs mais negociados na Bolsa, sobe 3,7%.

De acordo com Potenza, as recomendações da segunda edição do Relatório Setorial de Ativos Financeiros do Itaú BBA levam em consideração fundos com portfólios de qualidade, gestão experiente e garantias robustas, características muito bem-vindas em qualquer cenário econômico, finaliza o analista.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.