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Na carteira de mais de 2,2 milhões de brasileiros, os fundos imobiliários (FIIs) têm entre os principais atrativos a possibilidade de receber renda passiva recorrente de aluguel. Mas quanto investir para ter uma receita mensal de, por exemplo, R$ 1 mil?
Em resposta à provocação, Antonio Sanches, analista de FIIs da Rico, calculou o montante necessário para alcançar tal objetivo. Para isso, ele utilizou cinco fundos presentes na carteira recomendada da corretora.
Considerando o aporte em um único fundo, o investidor precisaria, por exemplo, de 1.250 cotas do FII RBR Rendimento High Grade (RBRR11) para receber dividendos mensais de R$ 1 mil. Neste caso, o investimento estimado seria de R$ 111 mil.
Por outro lado, quem comprasse 575 cotas do Bresco Logística (BRCO11) teria o mesmo rendimento investindo pouco mais de R$ 68 mil. Confira a simulação com os demais fundos e suas respectivas taxas de retorno com dividendo (dividend yield).
Ticker | Fundo | Valor da cota | Rendimento por cota | Dividend yield (mensal/%) | Valor investido | Número de cotas |
RBRR11 | RBR Rendimento High Grade | R$ 89,00 | R$ 0,80 | 0,88 | R$ 111.250,00 | 1.250 |
CPTS11 | Capitania Securities II | R$ 84,07 | R$ 0,88 | 1,03 | R$ 95.534,09 | 1.136 |
PVBI11 | VBI Prime Properties | R$ 101,45 | R$ 1,33 | 1,36 | R$ 76.278,20 | 752 |
LVBI11 | VBI Logístico | R$ 116,50 | R$ 1,57 | 1,34 | R$ 74.203,82 | 637 |
BRCO11 | Bresco Logística | R$ 119,20 | R$ 1,74 | 1,5 | R$ 68.505,75 | 575 |
Fonte: Rico
Sanches pondera que os valores acima foram calculados com base na última distribuição de dividendos disponível de cada carteira. Como fundo imobiliário é um produto de renda variável, ele lembra que o valor investido e o rendimento repassado podem oscilar ao longo do tempo.
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O analista da Rico reforça ainda a importância da diversificação da carteira, ou seja, investir em mais de um fundo – de preferência de diferentes segmentos.
Outra recomendação, acrescenta, é não escolher um fundo imobiliário apenas pelo último dividendo pago. Sanches sugere ao investidor observar o portfólio da carteira, qualidade da gestão, histórico de rendimentos, níveis de vacância, inadimplência, entre outros fatores.
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O que são e como funcionam os FIIs
Os fundos imobiliários captam recursos entre os investidores para a compra de imóveis que, posteriormente, podem ser alugados ou vendidos. As receitas obtidas nas transações – locação ou ganho de capital – são distribuídas entre os cotistas, na proporção em que cada um aplicou.
Os rendimentos repassados aos investidores, na forma de dividendos, são isentos de imposto de renda – outro atrativo do produto.
Ao longo dos anos, o mercado de fundos imobiliários se desenvolveu e hoje há fundos focados desde a administração de escritórios até imóveis rurais, passando por shoppings, galpões logísticos, hospitais e agências bancárias, além dos FIIs de “papel” – que investem em títulos de renda fixa.
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No final de junho, o mercado de fundos imobiliários superou a marca de 2,2 milhões de investidores. Em dezembro de 2018, o número estava em 208 mil.
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