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O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados da Bolsa – fechou a sessão desta sexta-feira (3) com alta de 0,05%, aos 2.815 pontos. No acumulado da semana, o indicador fechou com ganhos de 0,22%. Foi a primeira semana de 2023 que o índice encerrou no positivo. O Riza Arctium Real Estate (RZAT11) liderou a lista das maiores altas do dia, subindo 3,7%. Confira mais destaques do dia ao longo do Central de FIIs.
Após assinar a escritura de compra e venda, o FII VBI Prime Properties (PVBI11) concluiu, nesta quinta-feira (2), a aquisição do portfólio do também fundo de escritório Vila Olímpia Corporate (VLOL11).
O negócio foi fechado por R$ 202 milhões e envolve seis pavimentos da torre B do prédio Vila Olímpia Corporate, localizado em uma região nobre para o segmento de lajes corporativas de São Paulo (SP).
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Os imóveis representam uma área bruta locável (ABL) de 10.368 metros quadrados, o que representa 53% do edifício, que tem classificação AAA – de máxima qualidade. A taxa de vacância dos espaços está zerada.
No mês passado, o VLOL11 confirmou, em comunicado ao mercado, ter contrato de locação com duas empresas ligadas ao grupo Americanas (AMER3), que pediu recuperação judicial por causa de dívidas de mais de R$ 47 bilhões.
Na oportunidade, a gestão do FII Vila Olímpia Corporate explicou que os vínculos têm a própria empresa como fiadora, figura que assumiria as despesas do imóvel – aluguel, condomínio ou um prejuízo extraordinário – em caso de o inquilino não conseguir pagar.
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O valor pago pelos imóveis, de acordo com a gestão do PVBI11, está aproximadamente 60% abaixo do custo de reposição do empreendimento – ou seja, o custo estimado para construir um prédio equivalente na região.
Pelo acordo, o VBI Prime Properties desembolsou inicialmente R$ 30,3 milhões e o saldo remanescente do negócio – R$ 171,8 milhões – será quitado com a subscrição (concessão) de cotas do PVBI11 pelo FII Vila Olímpia Corporate.
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Com a conclusão da transação, o PVBI11 já passa a ter direito de receber os aluguéis dos seis pavimentos da torre B do prédio Vila Olímpia Corporate. O recurso deve elevar a receita do fundo em aproximadamente R$ 0,09 por cota.
O portfólio do PVBI11 já contava com participação em outros quatro imóveis, localizados nos bairros do Itaim Bibi, Vila Olímpia e Paraíso – também regiões nobres para o segmento de escritórios na capital paulista.
Entre os inquilinos da carteira estão nomes como Prevent Senior, Credit Agricole, China Construction Bank, UBS, Barclays e Hugo Boss.
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Na próxima terça-feira (7), o fundo distribuirá R$ 0,61 por cota, montante que equivale a um retorno mensal com dividendos de 0,71%. Em 12 meses, o percentual está em 7,9%.
Ifix hoje
Na sessão desta sexta-feira (3), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – opera no campo positivo. Às 11h02, o indicador registrava alta de 0,07%, aos 2.816 pontos. Confira os demais destaques do dia.
Maiores altas desta sexta-feira (3):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
[ativo=RZAT11] | Riza Arctium Real Estate | Híbrido | 3,71 |
RBRF11 | RBR Alpha | Títulos e Val. Mob. | 2,6 |
VSLH11 | Versalhes Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 2,05 |
PVBI11 | VBI Prime Properties | Lajes Corporativas | 1,49 |
TEPP11 | Tellus Properties | Lajes Corporativas | 1,4 |
Maiores baixas desta sexta-feira (3):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
GGRC11 | GGR Covepi Renda | Logística | -3,07 |
BLMR11 | Bluemacaw Renda+ FOF | FoF | -2,02 |
VINO11 | Vinci Offices | Lajes Corporativas | -1,75 |
SARE11 | Santander Renda | Híbrido | -1,57 |
VIUR11 | Vinci Imóveis Urbanos | Renda Urbana | -1,17 |
Fonte: B3
SADI11 convocará AGE para decidir sobre liquidação do fundo
A gestão do FII Santander Papéis Imobiliários CDI (SADI11) convocará nas próximas semanas uma assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir a venda do portfólio do fundo e, consequentemente, a liquidação da carteira.
A convocação atende a um pedido feito no final do ano passado pela Capitânia Investimentos, que detém 5% das cotas do SADI11.
Antes de decidir pela realização da AGE, o Santander Papéis Imobiliários CDI analisou a solicitação e verificou que o pedido está em linha com o regulamento do fundo.
Atualmente, o SADI11 tem um patrimônio líquido de R$ 315 milhões, sendo quase 91,7% do montante investido em certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e o restante em cotas de outros FIIs.
Pela proposta, a Capitânia defende a venda de todos os papéis que compõem atualmente a carteira do FII investido e, posteriormente, a amortização das cotas do fundo.
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Giro Imobiliário: liminar que protege Americanas de despejo põe FIIs de shopping em alerta; varejista nega início de demissão em massa e mais assuntos
Liminar que protege Americanas de despejo põe FIIs de shopping em alerta; o que pode acontecer com eles?
Uma liminar obtida nesta quarta-feira (1) pela Americanas (AMER3) deixou donos de shopping centers que têm a varejista como inquilina – dentre eles, fundos imobiliários que possuem participações em centros comerciais – em alerta.
A decisão da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro protege a varejista contra cortes de energia por inadimplência e proíbe o despejo de lojas em razão de dívidas de aluguel anteriores ao pedido de recuperação judicial, protocolado pela Americanas – que soma débitos totais de R$ 47 bilhões – há duas semanas.
Na decisão, o juiz responsável menciona que 12 ações de despejo já foram movidas contra a empresa e, em muitas delas, os proprietários dos imóveis formularam pedidos liminares. Uma delas, diz o texto, já foi inclusive deferida pela 5ª Vara Cível de Vitória, no Espírito Santo.
Trata-se de processo iniciado pela Nova Cidade Shopping Centers, empresa que é uma das proprietárias do Shopping Vitória e credora de mais de R$ 10 milhões da Americanas. Ela aparece na lista de credores da varejista como pertencente à classe III, categoria identificada como “Dívidas com Terceiros”.
Na relação, a companhia é titular de três créditos, conforme a tabela abaixo:
Identificação do credor | Credor | Dívida da Americanas |
4457 | NOVA CIDADE SHOPPING CENTERS | R$ 889.935,23 |
4458 | NOVA CIDADE SHOPPING CENTERS | R$ 253.426,94 |
4459 | NOVA CIDADE SHOPPING CENTERS | R$ 9.431.952,87 |
Total | R$ 10.575.315,04 |
Na avaliação do advogado Carlos Ferrari, especialista em mercado de capitais e sócio do NFA Advogados, focado em negócios imobiliários, a liminar favorável à Americanas deixa a Nova Cidade Shopping Centers em uma situação complicada.
“O juízo da RJ [recuperação judicial] determinou a suspensão de ações de despejo e o imóvel permanecerá ocupado, porém sem a renda”, conclui. “[A empresa] dependerá agora de recurso para buscar demonstrar que o desejo [de restituir o imóvel] pode e deve ser realizado”.
O InfoMoney procurou a Nova Cidade Shopping Centers, mas a empresa prefere não se manifestar sobre o assunto.
Americanas desliga empregados terceirizados, mas nega início de demissão em massa
A Americanas demitiu cerca de 60 empregados terceirizados na última terça-feira (31) nas cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre (RS) e São Paulo. A informação foi confirmada por Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. As demissões ocorreram em função do término de contratos entre as empresas terceirizadas e a Americanas, que já estava previsto para o último dia de janeiro de 2023.
“Esses funcionários [indiretos] não são da base do sindicato, mas a demissão desse grupo sinaliza que vamos ter problemas mais para frente. Já vimos esse filme de terror com o Mapping, Mesbla, Lojas Glória e outros casos e não queremos que se repita. Por isso, queremos uma posição contundente da Justiça e do Governo para garantir os direitos dos trabalhadores”, afirma Patah ao InfoMoney, por telefone.
Em nota, a Americanas corrobora com a informação, explica que “interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados” e ressalta que “não iniciou nenhum processo de demissão de funcionários [diretos]”.
A companhia, que entrou em recuperação judicial por conta de dívida de cerca de R$ 43 bilhões, é um dos maiores empregadores do país. Ao todo, são cerca de 45 mil trabalhadores diretos e cerca de 1.800 lojas físicas, além de centenas de milhares de trabalhadores indiretos.
Poupança e FGTS perdem participação no financiamento imobiliário; LIGs, LCIs e CRIs ganham terreno
A poupança e o FGTS perderam participação no financiamento imobiliário em 2022, enquanto as LIGs e LCIs crescem mais de 70%, apontam dados divulgados na quinta-feira (2) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) continua sendo a maior fonte de “funding” do setor imobiliário (fonte de recursos), mas sua participação caiu de 46% em 2021 para 40% em 2022. Em valores absolutos, o saldo da poupança recuou de R$ 790 bilhões para R$ 764 bilhões, uma queda de 3% (veja na imagem abaixo).
Já o saldo do FGTS até subiu em termos absolutos (de R$ 468 bilhões para R$ 502 bilhões, uma alta de 7%), mas seu marketshare retraiu de 27% para 26%. Somando as duas maiores fontes de recursos do setor (SBPE e FGTS), a participação caiu de 73% para 66% em um ano (uma queda de 7 pontos percentuais).
“O crescimento de outras fontes de ‘funding‘ vem criando menos dependência da poupança”, afirma José Ramos Rocha Neto, presidente da Abecip. “Mas a queda do FGTS é uma queda relativa, pois em termos absolutos teve um crescimento. Essa queda relativa está muito ligada ao aumento das outras [fontes]”.
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