FII que negocia venda de todos os imóveis sobe 20% e lidera ganhos em fevereiro

FII high yield HCTR11 lidera perdas com baixa de 19%; Ifix engata quarto mês consecutivo de ganhos

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados da Bolsa – fechou fevereiro com alta de 0,79%, aos 3.360 pontos, e emendou o quarto mês seguido de ganhos. No ano, o indicador sobe 1,46%.

O fundo de escritório XP Properties (XPPR11) subiu mais de 20% e encabeça a lista das maiores altas do período. Já o FII high yield – de maior risco – Hectare CE (HCTR11) caiu 19%, a maior baixa entre as 104 carteiras que compõem o Ifix.

Em fevereiro, o resultado positivo do índice dos fundos imobiliários foi puxado principalmente pelos FIIs de escritório que, em média, subiram 1,8%.

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O desempenho foi o melhor entre os principais segmentos do mercado – aqueles com mais de quatro representantes no Ifix, por exemplo. Híbridos e FoFs fecharam o mês no negativo.

SegmentoVariação (%)Número de fundos
Agro7,252
Lajes Corporativas1,8810
Shoppings1,35
Multiestratégia0,795
Logística0,7815
Renda Urbana0,744
Títulos e Val. Mob.0,3340
Híbrido0,1210
Agências-0,211
FoF0,278
Desenvolvimento-1,133
Hotel-8,511
Economatica

Maiores altas

Individualmente, o XPPR11 subiu quase 21% e liderou os ganhos do mês. Na sequência aparecem o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) e o BRPR Corporate (BROF11), com 18% e 9% de alta, respectivamente.

Confira os FIIs que mais subiram em fevereiro de 2024:

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FundoSegmentoVariação (%)
XPPR11Lajes Corporativas20,72
BTRA11Agro18,64
BROF11Lajes Corporativas9,36
SPXS11Multiestratégia5,22
RBRP11Híbrido4,43
Fonte: Economatica

No início de fevereiro, a gestão do XPPR11 reforçou a estratégia do fundo de venda parcial ou total do patrimônio da carteira, composto por três imóveis localizados em São Paulo (SP).

“[O processo concorrencial tem como] objetivo reduzir as obrigações financeiras (dívidas) do fundo e/ou realizar eventual amortização de cotas”, aponta relatório gerencial do XPPR11. “De modo que, ainda no primeiro semestre de 2024, possamos ter novidades concretas sobre o tema”, complementa o texto.

O fundo tem hoje uma dívida de mais de R$ 586 milhões e negocia com um desconto de quase 60% – considerando o indicador P/VP (preço sobre valor patrimonial).

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Maiores baixas

Na outra ponta da lista encabeçada pelo XPPR11 ficou o HCTR11, com baixa de quase 20%. Autonomy Edifícios (AIEC11) e Hotel Maxinvest (HTMX11) registraram perdas acima de 8%.

Confira os FIIs que mais caíram em fevereiro de 2024:

FundoSegmentoVariação (%)
HCTR11Títulos e Val. Mob.-19,97
AIEC11Lajes Corporativas-9,51
HTMX11Hotel-8,51
TORD11Desenvolvimento-6,31
OUJP11Títulos e Val. Mob.-5,12
Fonte: Economatica

Considerado um fundo de “papel” – que investe em títulos de renda fixa –, o HCTR11 ainda enfrenta os reflexos da inadimplência em série de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), observada em 2023.

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A gestão negocia atualmente com os devedores condições para a regularização dos pagamentos – que nos últimos meses reduziram a distribuição de rendimentos e a atratividade do fundo.

Desde novembro de 2023, o HCTR11 tem depositado aproximadamente R$ 0,34 por cota. Embora o valor seja superior aos 0,17 observados em setembro do ano passado, ainda está bem abaixo das distribuições realizadas antes da inadimplência dos CRIs.

Maiores pagadores de fevereiro

O FII Devant Recebíveis (DEVA11) vai encerrar o mês como o maior pagador de dividendos do mercado. Em fevereiro, a carteira registrou um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de 1,54%.

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O dado faz parte de levantamento do InfoMoney com informações da Economatica, que considera apenas os fundos imobiliários que compõem o Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa.

Confira os dez maiores pagadores de dividendos de fevereiro de 2024:

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.