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Relatório da Toro Investimentos aponta quatro fundos imobiliários que podem se beneficiar com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial de 2022, dado o perfil adotado pelo presidente eleito nas gestões anteriores e também durante a campanha eleitoral.
De acordo com o documento, assinado por Lucas Carvalho, João Freitas, Paloma Brun e Lucas Serra, a volta do político do PT ao poder deve representar uma política econômica pautada no aumento do consumo e do crédito. A expectativa dos analistas também é de uma flexibilização ou até o fim do teto de gastos do governo federal.
Se confirmadas, essas ações trariam um componente a mais para a inflação do País e, consequentemente, a necessidade de manutenção dos juros em um patamar elevado por mais tempo.
Pensando nesse cenário, a Toro entende que alguns FIIs podem se beneficiar dado a expectativa em relação ao futuro governo Lula. Confira as recomendações.
Malls Brasil Plural (MALL11)
Os analistas da Toro lembram que os FIIs de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis – ainda se recuperam das restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e muitos ainda negociam abaixo do valor patrimonial. Nesta categoria, um segmento que se destaca é o de shoppings.
“Com o cenário de políticas de distribuição de renda e de estímulo ao crédito, entendemos que o segmento de shopping centers deve continuar apresentando bons resultados”, aponta Freitas. “Ao longo de 2022, foi possível observar os shoppings voltando a performar bem, com métricas inclusive superiores ao período pré-pandemia, quando o setor também estava aquecido”.
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Nesse contexto, o analista sugere o Malls Brasil Plural (MALL11) como uma alternativa para compor a carteira dos investidores.
Bresco Logística (BRCO11)
Mantendo a visão positiva para o consumo no cenário interno, Freitas também sugere atenção ao segmento de logística, que deve seguir com a tendência de crescimento do e-commerce iniciada antes mesmo da pandemia – e acelerada de 2020 para cá.
“Com o varejo digital também ganhando força e as empresas brigando por fretes cada vez mais velozes, entendemos que o Bresco Logística (BRCO11) é uma excelente oportunidade”, recomenda o analista.
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O fundo é focado em galpões logísticos de alto padrão e preferencialmente no last-mile – entregas próximas aos grandes centros urbanos.
Kinea Rendimentos (KNCR11)
A Toro trabalha com a perspectiva de uma taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) em patamares elevados por um período ainda maior com a vitória de Lula. O indicador acompanha a taxa básica de juros da economia, a Selic, principal instrumento para conter a inflação.
Mudanças no teto de gastos e mesmo políticas de estímulo do consumo e do crédito podem elevar a inflação e, para conter a elevação dos preços, a Selic seria mantida por mais tempo nos atuais 13,75% ao ano.
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“O cenário pode não ser positivo para as duas recomendações anteriores, mas significa a continuidade do bom momento para FIIs de recebíveis concentrados no indicador, como o Kinea Rendimentos (KNCR11)”, aponta Freitas.
O fundo investe quase a totalidade do seu patrimônio em CRIs (certificados de depósito interbancário) atrelados ao CDI e com baixo risco de crédito.
VBI CRI (CVBI11)
A confirmação de pressões inflacionárias adicionais pode também beneficiar no curto e médio prazo os FIIs de recebíveis que investem em títulos atrelados à inflação.
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Neste cenário, o VBI CRI (CVBI11) é o destaque no relatório da Toro. O fundo investe em uma carteira pulverizada de CRIs – grande parte atrelada a indicadores de preços.
“Nesse sentido, tais ativos se apresentam como bons veículos para investir pensando na proteção contra a inflação no longo prazo”, finaliza Freitas.