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Em fatos relevantes divulgados na noite desta sexta-feira (31), os FIIs Kilima Volkano Recebíveis (KIVO11) e Banestes Recebíveis (BCRI11) comunicaram a extinção do processo que originou a suspensão dos pagamentos dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI) da Gramado Parks, empresa do setor de turismo.
Na semana passada, a 2ª Vara Judicial da Comarca de Gramado, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, atendeu pedido da companhia e suspendeu os repasses por um prazo de 60 dias, conforme comunicado do FII Serra Verde (SRVD11) – primeiro fundo a confirmar exposição aos papéis.
Até então, o grupo alegava que condições macroeconômicas – como o aumento da inflação e dos juros – elevaram o volume de distratos e, consequentemente, reduziram as receitas da companhia, que já vinha sofrendo com as consequências da pandemia da Covid-19.
No entanto, os comunicados do KIVO11 e do BCRI11 sinalizam que este processo foi extinto e a pedido da própria Gramado Parks.
“Tomamos conhecimento ao consultarmos os autos do processo de Tutela Cautelar Antecedente n° 5001925-69.2023.8.21.010, que este foi extinto sem resolução do mérito, considerando o pedido de desistência formulado pela nova administração do Gramado Parks Investimentos e Intermediações S.A., em sentença prolatada pelo juízo da 2ª Vara Judicial da Comarca de Gramado (RS), nesta data”, detalha o comunicado.
O CRI é um instrumento usado por empresas do setor imobiliário para captar recursos no mercado. Na prática, essas companhias “empacotam” receitas futuras que têm para receber – como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos – em um título e vendem para investidores, como os FIIs.
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Os papéis embutem um rendimento mensal prefixado e a correção monetária por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) ou o IPCA.
No caso do BCRI11, os CRIs da Gramado Parks representam cerca de 2% do patrimônio líquido do fundo. A exposição do KIVO11 é um pouco maior, de 2,46%.
Em relação ao Serra Verde, o percentual sobe para 98% e a suspensão do pagamento afetava indiretamente FIIs que possuem cotas do SRVD11 na carteira.
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Segundo dados dos StatusInvest, plataforma de informações financeiras, o Hectare CE (HCTR11) tem hoje 19,74% das cotas do FII Serra Verde. O Tordesilhas EI (TORD11) conta com 12,10% e o Iridium (IRDM11), 2,96%.
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