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Fundos imobiliários de “papel” classificados como high yield – de maior risco – operaram com forte alta na sessão desta terça-feira (16). Na véspera, essa classe de ativo já havia registrado ganhos expressivos, subindo até 10%.
O bom desempenho compensa perdas observadas nos últimos meses, avalia Marco Noernberg, líder de renda variável da Manchester Investimentos. As carteiras sofreram com a inadimplência em série de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), presentes principalmente nos portfólios de fundos como Tordesilhas EI (TORD11), Devant Recebíveis (DEVA11), Hectare CE (HCTR11) e Versalhes (VSLH11) – este último encabeçou as maiores altas do dia, sugindo 12,9%.
No mês, o (DEVA11) já avança mais de 40%, a maior alta entre os 111 FIIs que compõem o IFIX, índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa.
“Vemos a recuperação das cotações destes fundos como um movimento de investidores que não estão acompanhando de perto o momento do segmento high yield e desejam aumentar sua alocação em ativos de risco”, pontua Noernberg. “Sugerimos cautela e acompanhamento de especialistas em alocação nesse momento tão estressado do segmento”.
No início do mês, HCTR11, DEVA11 e VSLH11 comunicaram ao mercado a intenção de executar as garantias dos CRIs inadimplentes da Gramado Parks, empresa de turismo que está em recuperação judicial.
Os títulos foram emitidos pela Forte Securitizadora, que realizou assembleia geral de titulares dos títulos (AGT) para discutir a inadimplência referente aos papéis. No encontro, foi aprovado o vencimento antecipado das dívidas – previsto em contrato em caso de atraso no pagamento das parcelas dos CRIs.
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Caso o montante total da dívida não seja quitado antecipadamente, os titulares dos papéis executarão as garantias dos títulos, ou seja, a venda de imóveis ou cessão de direitos dos devedores para o pagamento dos investidores – que, nesse caso, incluem os três fundos imobiliários de papel.
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Ifix hoje
Na sessão desta terça-feira (16), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com alta de 0,37%, aos 2.978 pontos. Confira os demais destaques do dia.
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Maiores altas desta terça-feira (16):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
VSLH11 | Versalhes Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 12,99 |
HCTR11 | Hectare | Títulos e Val. Mob. | 6,96 |
RBRP11 | RBR Properties | Híbrido | 4,94 |
TORD11 | Tordesilhas EI | Desenvolvimento | 4,4 |
DEVA11 | Devant | Títulos e Val. Mob. | 3,26 |
Maiores baixas desta terça-feira (16):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
TEPP11 | Tellus Properties | Lajes Corporativas | -2,41 |
RBRL11 | RBR Log | Logística | -1,89 |
TGAR11 | TG Ativo Real | Desenvolvimento | -1,15 |
VTLT11 | Votorantim Logística | Logística | -1,11 |
BRCR11 | Bc Fund | Híbrido | -1,1 |
Fonte: B3
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RECT11 reduz taxa de desocupação do portfólio; dividendo do TRNT11 cairá R$ 0,07 por cota
Vacância do RECT11 cai de 11,1% para 10,6%
O FII REC Renda Imobiliária assinou contrato com a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBRAR) para a locação de mais 366 metros quadrados da Torre B do Centro Empresarial Parque da Cidade, localizado em Brasília.
A empresa já ocupava as salas 701, 702, 704 e 705 do imóvel e agora alugará também a unidade 801, no oitavo pavimento do edifício. O novo contrato tem prazo de cinquenta meses, conforme comunicado do RECT11 ao mercado.
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Com a nova locação, a taxa de vacância da carteira cairá de 11,1% para 10,66%, de acordo com cálculos da equipe de gestão do fundo.
Apesar da redução do espaço desocupado, o REC Renda Imobiliária informa que, inicialmente, o novo contrato não influenciará a distribuição de dividendos.
O portfólio do RECT11 é composto por nove imóveis localizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e no Paraná. Juntos, os espaços somam uma área bruta locável (ABL) de quase 93 mil metros quadrados.
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Atraso no pagamento de aluguel reduz dividendo do TRNT11 em R$ 0,07 por cota
O FII Torre Norte informou não ter recebido de alguns locatários, até esta segunda-feira (15), valores referentes ao aluguel do mês passado. O atraso, de acordo com o fundo, reduziria em de R$ 0,12 por conta a próxima distribuição de dividendos da carteira.
Ao mesmo tempo, o FII diz que recebeu de inquilinos inadimplentes o pagamento do aluguel referente à competência de março de 2023. O recurso elevaria os rendimentos do fundo em aproximadamente R$ 0,05 por cota.
Considerando os valores recebidos e em aberto, o TRNT11 calcula que a próxima distribuição de dividendos foi reduzida em R$ 0,07 por cota.
O fundo é proprietário de 100% do Torre Norte, edifício integrado ao Centro Empresarial Nações Unidas (CENU), localizado na avenida das Nações Unidas, bairro do Brooklin Paulista Novo, em São Paulo (SP).
Dividendos hoje
Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta terça-feira (16):
Ticker | Rendimento | Rentabilidade | |
CVBI11 | R$ 1,05 | 1,18% | |
CCME11 | R$ 0,90 | 0,00% | |
RVBI11 | R$ 0,75 | 1,00% | |
BLCA11 | R$ 0,57 | 0,00% |
Fonte: StatusInvest
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