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O mercado de fundos imobiliários tem sustentado tendência de alta nos últimos 12 meses e já acumula ganhos de mais de 19%. Mas nem todos os segmentos mostraram o mesmo vigor, como é o caso de lajes corporativas.
O tema foi destaque da edição desta terça-feira (5) do Liga de FIIs, apresentado por Maria Fernanda Violatti, head de análise de fundos listados da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney. O programa contou ainda com a participação do analista Danilo Barbosa, também do Clube FII.
De acordo com relatório do Itaú BBA, o segmento de lajes corporativas – ou escritório – é o mais descontado do mercado de fundos imobiliários atualmente – considerando o P/VPA (preço sobre valor patrimonial).
Quanto mais próximo de 1 estiver o indicador, mais perto está o fundo do valor considerado justo. Acima deste nível a carteira negocia com ágio e, abaixo, com desconto.
Atualmente, o segmento de lajes corporativas apresenta um P/VPA médio de 0,72 – o que representaria um desconto de 28%. O número destoa dos demais tipos de fundo, que já negociam acima ou bem próximo do valor justo.
Oportunidade ou armadilha?
Barbosa lembra que, individualmente, bons fundos de lajes corporativas já recuperaram valor e não negociam mais com descontos expressivos. Por isso, acrescenta o analista, é preciso atenção para identificar oportunidades entre os FIIs de escritório – e evitar armadilhas.
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“Fundos de escritório com descontos relevantes hoje têm, provavelmente, uma vacância mais alta”, sugere. “E a taxa de desocupação elevada pode ser justificada pela localização dos imóveis que fazem parte do portfólio”, destaca.
Diante dos recentes números do mercado imobiliário, Barbosa aponta Santo Amaro e Alphaville, em São Paulo, e Rio de Janeiro (RJ) como as regiões mais desafiadoras no segmento de escritório atualmente – e que devem ser evitadas pelos investidores.
Por outro lado, áreas próximas às avenidas Doutor Chucri Zaidan e Engenheiro Luiz Carlos Berrini, ambas na capital paulista, podem oferecer oportunidades dado o potencial de ocupação ao longo do tempo.
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Boa gestão, nível de alavancagem (endividamento) e capacidade de reciclagem do portfólio (compra e venda de imóveis) também são aspectos necessários na escolha de um FII de escritório, complementa o analista do Clube FII.
Confira a entrevista completa de Danilo Barbosa – que apresenta relatório completo sobre o mercado de lajes corporativas no Brasil – na edição desta semana do Liga de FIIs. O programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.
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